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Telesaúde para pacientes com doença de Parkinson durante a pandemia de COVID-19: o estudo TeleParkinson

Resumo

Antecedentes

A telemedicina permite que pacientes com doença de Parkinson (DP) superem barreiras físicas para acessar serviços de saúde e aumenta a acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.

Objetivo Investigar indicadores de viabilidade de uma intervenção em telessaúde para pacientes com DP, incluindo recrutamento, atendimento, aderência, problemas técnicos, satisfação e benefícios nos níveis de atividade física e sono.

Métodos

Foi conduzido um estudo de centro e braço únicos baseado em consultas por telessaúde com utilização do WhatsApp (Meta Platforms, Inc., Menlo Park, CA, EUA). Foram calculados indicadores de viabilidade como desfechos primários.

Resultados

As taxas de recrutamento, atendimento e problemas técnicos foram 61,3%, 90,5% e 13,3%, respectivamente, com bons escores de aceitação e satisfação com a intervenção. A intervenção melhorou os níveis de atividade física, incluindo o número de passos por pelo menos 10 minutos contínuos (p = 0,009) e o número de atividades intensas e moderadas com duração de pelo menos 10 minutos contínuos (p = 0,001). O Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh melhorou nos seguintes componentes: duração percebida do sono (p < 0,001) e escore total (p < 0,001). A média do tempo de viagem médio poupado foi de 289,6 minutos, e a economia financeira foi de R$ 106,67 reais (por volta de USD 18; quase 10% do salário mínimo atual do Brasil).

Conclusões

As consultas por vídeo provaram ser viáveis e efetivas, com impacto positivo nos níveis de atividade física e sono de pacientes com DP.

Palavras-chave
Doença de Parkinson; Estudos de Viabilidade; Telemedicina; Sono

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