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A execução da marcha não é afetada pela atenção dividida em pacientes com esclerose múltipla sem incapacidade, mas existe um comprometimento do planejamento motor

O objetivo do estudo foi analisar a influência cognitiva na caminhada de pacientes com esclerose múltipla (EM) sem incapacidade clínica. Foi conduzido um estudo caso-controle com 12 pacientes com EM sem incapacidade com 12 pessoas saudáveis como controles pareados. Os sujeitos fizeram um teste de caminhada de 10 metros , acompanhado de análise cinemática 3D, e foram orientados a caminhar em velocidade confortável, realizando dupla-tarefa (tarefa aritmética), e o planejamento motor foi medido pela cronometria mental. Os valores de velocidade da caminhada e da cadência não evidenciaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos nas três condições. A condição de dupla-tarefa demonstrou um aumento na duração do duplo apoio em ambos os grupos. A imagética motora evidenciou diferenças estatisticamente significativas entre a caminhada real e a imaginada nos pacientes com EM. Pacientes com EM sem incapacidade não apresentaram influência da atenção dividida na execução da caminhada. Entretanto, o planejamento motor esteve superestimado.

comprometimento cognitivo leve; esclerose múltipla; caminhada


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