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Comprometimento nervoso periférico na paralisia de Bell

Um grupo de pacientes com paralisia de Bell foi estudado com o objetivo de descobrir a presença de comprometimento nervoso periférico subclínico. 20 pacientes, 8 homens e 12 mulheres com paralisia de Bell recente como única enfermidade, foram examinados. Em todos os casos outras causas de polineuropatia foram excluídas. Os pacientes foram estudados com exames de líquido cefalorraqueano; latência distal nos nervos faciais do lado afetado e do lado sadio e velocidade de condução motora máxima; latência distal dos nervos mediano e peroneiro direitos. O exame de LCR foi normal em tcdos os casos. A latência do nervo facial foi anormal em todos os pacientes no lado afetado e, no lado clinicamente sadio, diferia significativamente do grupo controle. A metade dos pacientes mostrou valores anormais na velocidade motora máxima e/ou na latência distal de ambos os nervos, como sejam: mediano e peroneiro. Esses resultados estão de acordo com publicações anteriores nas quais se afirma que outros nervos craneanos podem estar afetados na paralisia de Bell. Temos encontrado uma elevada frequência de polineuropatia nesta enfermidade. Estes achados nos levam a crer que, em alguns enfermos, a paralisia de Bell é um componente de uma doença mais disseminada afetando outros nervos craneanos e periféricos.


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