Os autores fazem revisão de uma série de pacientes com hemangioblastomas da fossa posterior tratados entre 1973 e 1993: 32 pacientes foram analisados com 24 deles recebendo ressecção, 8 recebendo radiocirurgia e 2 recebendo radioterapia convencional. A mortalidade dos pacientes submetidos a ressecção foi considerada aceitável com 2 mortes (8%) c com morbidade de outros 3 pacientes (12,5%). A revisão de literatura sugere que a radioterapia convencional com altas doses (45-60 Gy) pode ter um papel no controle pós-operatório dos hemangioblastomas e em alguns casos pode ser empregada mesmo antes da ressecção com o objetivo de facilitar a cirurgia. O tratamento radiocirúrgico é considerado coadjuvante. Resultados ruins foram obtidos com a radiocirurgia em tumores grandes em que doses baixas (menos que 20 Gy) foram utilizadas. Devido a raridade e complexidade destes tumores, principalmente quando associados com a doença de von Hippel-Lindau, um estudo multicêntrico pode ser útil na avaliação da combinação e otimização dessas modalidades de tratamento.
hemangioblastoma; tratamento; radiocirurgia; radioterapia