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Clorpromazina parenteral no tratamento agudo da cefaléia do tipo tensional episódica: estudo randomizado, com mascaramento duplo, controlado por placebo

Cefaléia aguda é queixa frequente, responsável por percentual significativo dos casos atendidos em unidades básicas de saúde e unidades de emergência. A clorpromazina é droga usualmente disponível nessas unidades. Apresentamos dados de estudo randomizado, controlado por placebo e com mascaramento duplo, que avaliou a eficácia da clorpromazina no tratamento agudo da cefaléia do tipo tensional episódica. Trinta pacientes foram randomizados para receber placebo (10 ml de solução salina endovenosa) e 30 pacientes para receber clorpromazina endovenosa, na dose de 0,1 mg/Kg. Foram usados 7 parâmetros de avaliação analgésica. Pacientes que receberam clorpromazina mostraram significativa redução da dor quando comparados com o grupo placebo (p < 0,05 and p < 0,01), 30 minutos após a administração da droga. O ganho terapêutico foi de 36,7% em 30 minutos e 56,6 % em 60 minutos. O número que se necessita tratar (NNT, a recíproca do ganho terapêutico) foi 2,7 em 30 minutos e 1,8 em 60 minutos. Houve redução nos índices de recorrência e de utilização de medicação de resgate no grupo que recebeu clorpromazina. Podemos concluir que clorpromazina em administração parenteral é droga efetiva para o alívio da dor de pacientes com cefaléia do tipo tensional, seu uso sendo justificado nesses casos.

cefaléia tipo tensional episódica; tratamento agudo; clorpromazina


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