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Clozapina na esquizofrenia grave: melhora duradoura e sustentada

O presente estudo, prospectivo, relata o uso de longo-prazo da clozapina em 46 esquizofrênicos graves, com mais de cinco anos de doença. Com seis meses de uso da droga, 21 indivíduos haviam sido excluídos por diversas razões. Em quatro, a exclusão se deveu a efeitos adversos ou ausência de resposta. A dose mediana de clozapina foi de 400 mg nos demais 25 pacientes. No todo, observamos melhora em dimensões de psicopatologia, estado cognitivo global, e nível funcional. Concluímos que a clozapina é eficaz em um subgrupo de esquizofrênicos com formas graves da doença. Se tolerada depois dos primeiros meses, produz benefícios progressivos em diversos domínios do comportamento. Clozapina deve ser tentada em todo paciente com esquizofrenia incapacitado por sintomas positivos, desorganização, e/ou comportamentos bizarros, que persistem a despeito de esforços para mantê-los sob controle com outras drogas.

clozapina; esquizofrenia; psicose; psicopatologia


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