Descrevemos os resultados do tratamento operatório de 10 doentes com dor resultante de avulsão de raízes do plexo braquial. Sete foram tratados pela técnica de lesão do trato de Lissauer (TL) e do corno posterior da medula espinal (CPME), 4 pela técnica de estimulação elétrica da medula espinal (EM) e 2 pela técnica de estimulação talâmica (ET). Três doentes foram tratados por ambos os procedimentos. Foi observada melhora imediata em 50% dos doentes com a técnica de estimulação medular e em apenas 25% dos casos, a longo prazo. Ocorreu melhora imediata, mas recorrência tardia da dor nos 2 doentes tratados pela ET. Houve melhora imediata de todos os doentes tratados pela técnica da lesão e recidiva parcial da dor em 23% dos casos, a longo prazo. Complicações temporárias foram observadas em 28,6% dos casos tratados pela técnica de lesão. Conclui-se que a lesão do TL e do CPME proporcionam resultados mais satisfatórios a longo prazo que a técnica de estimulação (p = 0,0046); entretanto, esta última é mais segura.
dor; desaferentação; avulsão de raízes; plexo braquial; trato de Lissauer; corno posterior da medula espinal; estimulação medular; estimulação talâmica