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Fenitoína como primeira opção em mulheres com epilepsia?

OBJETIVO: Fenitoína (PHT) é uma das principais drogas no tratamento de epilepsias diversas, principalmente as parciais, para a qual ela é tão eficaz quanto carbamazepina e fenobarbital. Entretanto, como qualquer outra droga anti-epiléptica (DAE) da atualidade, efeitos desagradáveis não são raros. O alvo deste estudo é a avaliação dos efeitos dermatológicos relacionados com o uso prolongado de PHT em pacientes femininas. MÉTODO: Entre 1990-93, foram admitidos para avaliação 731 novos pacientes na Clínica Multidisciplinar de Epilepsia/SUS, Florianópolis/SC. Destes, 238 já estavam em uso de DAE, sendo que 61 eram mulheres usuárias de fenitoína, numa dosagem que variava de 100-300 mg/dia, em mono ou politerapia, por um período prévio de 1-5 anos. RESULTADOS: Mais de 50 % das pacientes exibiam alterações faciais grosseiras, decorrentes da combinação em diferentes níveis de severidade de acne, hirsutismo e hiperplasia gengival,. CONCLUSÃO: Exceto em situações de emergência, PHT não deveria ser usada como primeira escolha no tratamento de mulheres com epilepsia; seus frequentes efeitos colaterais dermatológicos causam mais transtornos médico-sociais que a epilepsia por si própria.

epilepsia; fenitoína; hiperplasia gengival; hirsutismo


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