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Estudo evolutivo de crianças macrocefálicas com alargamento do espaço sub-aracnóideo

Trata-se de estudo prospectivo de 18 crianças com macrocefalia por aumento do espaço sub-aracnóideo, com ou sem dilatação ventricular, seguidas até idade em média de 56 meses. Todas nasceram a termo, sem intercorrências perinatais e com testes negativos para TORCH. O tempo médio de seguimento foi 46 meses. Havia 17 meninos e apenas uma menina no grupo estudado. A porcentagem de anormalidades neurológicas no seguimento foi de 11%. Durante o seguimento, o perímetro cefálico retornou aos níveis da normalidade em 45% das crianças. Nenhum caso desenvolveu hipertensão intracraniana durante o estudo. Todas as crianças realizaram TAC de crânio como parte da avaliação inicial e, além do aumento do espaço sub-aracnóideo peri-encefálico, 77% delas apresentavam discreta dilatação ventricular. No seguimento, 11 realizaram TAC de controle que revelaram resolução completa do processo em 3 casos, melhora em 2 e permaneceram inalteradas em 6. Concluimos que o aumento do espaço sub-aracnóideo em crianças macrocefálicas é entidade que apresenta bom prognóstico neurológico na maioria dos casos e que a macrocefalia e o aumento do sub-aracnóideo continuarão presentes, na maioria das crianças, no seguimento a longo prazo.

macrocefalia; espaço sub-aracnóideo; hidrocefalia


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