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Utilização de achados clínicos para predizer hipoxemia durante o sono em pacientes com acromegalia

A hipoxemia secundária a apnéia do sono é comumente encontrada na acromegalia e parece ser a alteração sobre a qual se estabelece considerável morbi-mortalidade. Com o objetivo de reconhecer sua presença a partir de dados clínicos foram estudados transversalmente 34 pacientes, os quais foram submetidos a oximetria noturna, medida do índice de massa corporal (IMC), circunferência do pescoço, sonolência pela escala de Epworth e avaliados quanto a presença de roncos. A sensibilidade e especificidade para predizer hipoxemia, mais de 5 episódios de dessaturação por hora, foram respectivamente: IMC >28,5 Kg/m² (71,4% e 60%); circunferência do pescoço >44 cm (28,6% e 95%); Epworth >10 pontos (42,9% e 70%); roncos (92,9% e 35%). Se presente circunferência do pescoço maior que 44 cm, a probabilidade de hipoxemia aumenta de 41% (pré-teste) para 80% (pós-teste). Se ausente este dado, a presença de dois ou três dos demais (ronco, Epworth >10, IMC >28,5 Kg/m²) eleva a probabilidade pós-teste para 62%, enquanto a presença de no máximo um deles é capaz de reduzir para 8%. Conclui-se que os achados clínicos avaliados permitem com alta probabilidade predizer ou não hipoxemia durante o sono na acromegalia.

apnéia do sono; acromegalia; hipoxemia


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