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Desempenho motor após palidotomia póstero-ventral e talamotomia ventro-lateral na doença de Parkinson: acompanhamento de um ano

Vinte e três pacientes portadores de doença de Parkinson foram submetidos a cirurgia estereotáxica para tratamento da doença. Com o objetivo de estudar o desempenho motor a longo prazo, os pacientes foram avaliados clinicamente no período pré-operatório, no 1°, 3°, 6°, e 12° mês pós-operatório, com as seguintes escalas: Escala Unificada para Doença de Parkinson (Unified Parkinson's Disease Rating Scale-UPDRS), item III, escore motor e com a Escala de Larsen para Discinesias. Os pacientes que utilizavam levodopa foram avaliados nos estados "off" e "on". Foram realizadas 14 talamotomias ventro-laterais (TVL) unilaterais, 4 palidotomias póstero-ventrais (PPV) unilaterais, 2 PPV bilaterais; 3 TVL associadas à PPV contralateral. O benefício motor foi observado de forma significante no estado "off", e manteve-se a longo prazo na maioria dos pacientes, exceto em 2. Houve melhora da qualidade do período "on", devido ao controle das discinesias. A melhora das discinesias se manteve a longo prazo na maioria dos pacientes. As cirurgias não promoveram um decréscimo significante na dose de levodopa.Três pacientes tiveram complicações permanentes, mas nenhuma delas foi considerada grave e nem houve prejuízo funcional importante em decorrência das mesmas.

doença de Parkinson; talamotomia; palidotomia


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