RESUMO
Antecedentes:
A validação de testes cognitivos para identificação da doença de Alzheimer (DA) definida por biomarcadores aumenta a confiabilidade diagnóstica.
Objetivos:
Investigar a acurácia da Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (BBRC) no diagnóstico diferencial entre DA, comprometimento cognitivo não-DA (ambos diagnósticos definidos por biomarcadores no líquido cefalorraquidiano-LCR) e indivíduos cognitivamente saudáveis, e investigar correlações entre desempenho nos testes e concentrações dos biomarcadores no LCR.
Métodos:
No total, 117 indivíduos foram avaliados. Quarenta e cinco pacientes com comprometimento cognitivo leve (CCL) ou demência leve com diagnóstico do continuum de DA definido pela classificação AT(N) [A+T+/-(N)+/-], 27 pacientes com CCL ou demência leve não-DA [A-T+/-(N)+/-], e 45 controles cognitivamente saudáveis sem estudo de biomarcadores no LCR. Os participantes foram submetidos à BBRC.
Resultados:
O escore total da BBRC e a evocação tardia (ET) no teste de memória da BBRC apresentaram elevada acurácia diagnóstica na diferenciação entre DA e não-DA versus controles, indicada pelas áreas sob a curva ROC (AUC) de 0,89 e 0,87, respectivamente. De modo semelhante, o escore total da BBRC e a ET mostraram elevadas acurácias (AUC-ROC de 0,89 e 0,91, respectivamente) para o diagnóstico diferencial entre DA e controles. A acurácia da BBRC foi baixa na diferenciação entre DA e não-DA. Os níveis dos biomarcadores no LCR se correlacionaram de forma significativa, embora fraca, com ET.
Conclusões:
Os escores totais da BCSB e a ET apresentaram boa acurácia na diferenciação entre pacientes com diagnóstico biológico de DA e controles cognitivamente saudáveis, mas baixa acurácia para diferenciar DA de não-DA.
Palavras-chave:
Doença de Alzheimer; Disfunção Cognitiva; Diagnóstico; Biomarcadores; Cognição