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Estudo piloto com topiramato em crianças com síndrome de Lennox-Gastaut

Realizamos estudo aberto, de adição do topiramato (TPM) como medicação adjuvante no tratamento da síndrome de Lennox-Gastaut (SLG), com a finalidade de verificar a eficácia e a segurança de avaliar a qualidade de vida (QV) no uso crônico do TPM. Estudamos 19 pacientes (11 do sexo masculino; idade entre 4 e 14 anos) com epilepsia de difícil controle e em uso de 2 a 3 drogas anti-epilépticas. Os pacientes foram seguidos por 36 meses. Um questionário foi aplicado aos pais para se avaliar QV. Sete crianças completaram o estudo. A frequência de crises foi reduzida em mais de 75% em 4 e em menos de 50% em 3 delas. Dois pacientes ficaram sem crises. A maioria dos efeitos colaterais relacionou-se ao sistema nervoso central, sendo sonolência e anorexia os mais frequentes e transitórios. Um paciente foi excluído do estudo por apresentar pó na urina. Nenhuma criança necessitou de hospitalização. Aos 36 meses, os pacientes encontravam-se mais alertas (2/7), e houve melhora na interação com o meio ambiente (5/7), na habilidade em realizar tarefas diárias (5/7) e na performance verbal (6/7). Concluímos que o TPM pode ser útil como terapia adjuvante na SLG. A eficácia manteve-se no tratamento a longo prazo em mais de 40% dos pacientes, a segurança foi confirmada e a QV melhorou com o uso do TPM.

síndrome de Lennox-Gastaut; topiramato; tratamento de epilepsia


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