O objetivo da presente investigação foi estudar a distribuição das subpopulações de células T por meio de anticorpos monoclonais e a resposta proliferativa de linfócitos em resposta a fito-hemaglutinina (PHA) em 30 crianças portadoras de convulsão febril e em 14 crianças saudáveis de mesma faixa etária dos pacientes. Infecções respiratórias, urinárias e dermatológicas frequentes foram observadas em 22 pacientes. Os parâmetros imunológicos demonstraram que 64% dos pacientes apresentaram valores elevados de células CD8+. Diminuição da relação de células CD4/CD8 foi observada em 60% dos pacientes. Além disso, a resposta proliferativa de linfócitos frente a PHA apresentou-se deprimida nos pacientes. Foi observada a presença de atividade inibidora da função de linfócitos no plasma de 33% das crianças com convulsão febril. Esses resultados sugerem que pacientes com convulsão febril apresentam depressão da resposta imune celular que poderia implicar em associação patogênica com esta síndrome epiléptica e explicar as infeções observadas.
convulsão febril; infecções; subpopulações de linfócitos T; resposta proliferativa de linfócitos