Na distrofia miotônica (DM) a severidade da doença tem sido correlacionada com a expansão de tripletos CTG, no cromossomo 19. Foram objetivos do estudo avaliar a eficácia da eletromiografia no diagnóstico, verificar a freqüência e tipos de neuropatias periféricas e determinar se a expansão CTG correlacionava-se com as anormalidades eletrofisiológicas nesta doença. Examinamos 25 pacientes e seis familiares sob risco de herdar a doença. A miotonia elétrica (ME) foi graduada, cinco velocidades de condução sensitivas e cinco motoras estudadas. O DNA leucocitário foi analisado em 26 indivíduos. Encontrou-se miopatia miotônica em 27 pacientes, sendo a ME mais freqüente nos músculos da mão e no tibial anterior. Não houve correlação significativa entre os graus de ME e o número de repetições CTG. Os graus de ME correlacionaram-se significantemente com a severidade da miopatia clínica, expressa por escala de disfunção muscular. Neuropatia periférica foi encontrada em oito indivíduos, não exclusivamente em diabéticos.
distrofia miotônica; eletromiografia; miotonia; miopatia; neuropatia periférica; repetição de tripletos