A participação de fatores genéticos na origem dos distúrbios convulsivos é controversa. Procurando estudar a influência da hereditariedade num grupo selecionado de pacientes, avaliamos 128 individuos que apresentaram convulsão febril. Desses, 18 (14,3 % da amostra) tinham pelo menos um familiar afetado pelo mesmo problema. Embora uma conclusão mais definitiva dependa da ampliação da amostra e da constituição de um grupo controle, a observação dos heredogramas sugere a participação de um gene autossômico dominante, de penetrância incompleta e provavelmente baixa, na etiologia da convulsão febril.