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Perfil clínico e epidemiológico da esclerose múltipla em um centro de referência do Estado da Bahia

A esclerose múltipla (EM) é doença auto-imune, desmielinizante e degenerativa que afeta o sistema nervoso central. Sua prevalência e seus aspectos clínicos variam de acordo com o continente estudado, sendo mais freqüente em caucasianos e indivíduos jovens entre a terceira e quarta décadas de vida. Dados epidemiológicos sobre o Brasil demonstram que a prevalência é variável, sendo mais freqüente nas regiões sul e sudeste que no norte e nordeste. O objetivo desse estudo é descrever as características clínicas e epidemiológicas da EM no Estado da Bahia, nordeste brasileiro. Assim, realizamos estudo de corte transversal durante o período de fevereiro a maio de 2005, no Núcleo de Apoio ao Pacientes com Esclerose Múltipla da Bahia, incluindo todos os pacientes consecutivos, com diagnóstico de EM, atendidos nesse período. Foi estudado um total de 121 pacientes, 80,2% do gênero feminino com uma relação de 4:1 com o gênero masculino, sendo observado maior freqüência de mulatos (64%) e da forma surto-remissão (91,3%). A maioria dos pacientes (68,7%) foi classificada como EM leve, sendo que os negros apresentaram indícios de pior prognóstico em relação aos outros pacientes.

esclerose múltipla; epidemiologia; centro de referência


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