OBJETIVO: Verificar a sensibilidade dos subtestes convencionais da Behavioral Inattention Test (BIT) no diagnóstico da heminegligência após o acidente vascular cerebral (AVC). MÉTODO: Foram avaliados prospectivamente 102 pacientes com AVC. Em 22 casos heminegligência foi diagnosticada através do BIT. A freqüência de diagnóstico correto utilizando os 6 subtestes específicos desta bateria foi analisada. RESULTADOS: 10 pacientes não seriam diagnosticados como heminegligentes se fossem avaliados apenas com o " line crossing" , 2 se o teste de triagem escolhido fosse o " letter cancellation" , e 4 se utilizássemos apenas o " line bisection" . Além disso, 3 pacientes não teriam recebido o diagnóstico correto mesmo utilizando dois testes usuais de triagem - " line crossing" e " line bisection" . CONCLUSÃO: O uso de testes isolados de triagem pode falhar em diagnosticar heminegligência após o AVC. O uso de uma bateria formal de avaliação é necessário para identificar indivíduos com diferentes tipos de heminegligência.
transtornos da percepção; heminegligência; acidente cerebrovascular; diagnóstico