RESUMO
Introdução:
A pandemia causada pelo novo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2, COVID-19) apresenta novos e importantes desafios à gestão de saúde no Brasil. Além da difícil missão de prestar atendimento aos milhares de pacientes infectados pelo COVID-19, os sistemas de saúde têm que manter a assistência às emergências médicas comuns em períodos sem pandemia, tais como o acidente vascular cerebral (AVC), que continuam ocorrendo e requerem tratamento com presteza e eficiência. A alocação de recursos materiais e humanos para o enfrentamento à pandemia não pode comprometer o atendimento ao AVC agudo, uma emergência cujo tratamento é tempo-dependente e se não realizado implica em importante impacto na mortalidade e incapacitação a longo prazo.
Objetivo:
Este trabalho resume as recomendações do Departamento Científico de Doenças Cerebrovasculares da Academia Brasileira de Neurologia, da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares e da Sociedade Brasileira de Neurorradiologia para o tratamento do AVC agudo e para a realização de procedimentos de neurointervenção urgentes durante a pandemia de COVID-19, incluindo o uso adequado de ferramentas de triagem e equipamentos de proteção pessoal (para pacientes e profissionais de saúde), além da alocação apropriada de pacientes.
Palavras-chave:
neurointervenção; infecções por coronavirus; acidente vascular cerebral