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Determinantes clínicos do risco de vida na fase aguda do infarto cerebral

Foram estudados 109 pacientes internados na fase aguda do infarto encefálico. Foi investigada a possível influência prognostica adversa de diversos aspectos da história epidemiológica e médica, apresentação clínica, exame neurológico de admissão e seqüencial, exame clínico geral, exames radiológicos, laboratoriais e eletrocardiograma, tratamento, topografia e mecanismo etiopatogênico da lesão isquêmica sobre o risco de vida nos primeiros 30 dias de doença. Foram feitas análises estatísticas de univariância e regressão múltipla. RESULTADOS: Os primeiros fatores prognósticos adversos encontrados foram: coma 48-72 horas após a admissão; infarto intra-hospitalar; sinal de Babinski ao exame inicial; graus menores de depressão da consciência; infarto por aterotrombose de grandes vasos ou porembolização; história de alteração precoce da consciência; falência cardíaca à admissão. Em pacientes lúcidos à internação (53 casos), somente história de insuficiência cardíaca associou-se a aumento da mortalidade. Em 56 casos com alteração da consciência, a presença do sinal de Babinski aumentou o risco de vida, mas o principal fator adverso foi a persistência do distúrbio de consciência após 48-72 horas. CONCLUSÕES: A presença de depressão da consciência, em especial o coma, 2-3 dias após o início da doença, e história de insuficiência cardíaca aumentam grandemente o risco de vida na fase aguda do infarto cerebral. A utilização de um algoritmo prognóstico simples considerando estas variáveis torna mais objetiva a previsão do risco de vida após o infarto.

heart failure; infarto cerebral; coma; morte; prognóstico


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