Essa escala quantifica a espasticidade, avaliando a resposta do músculo ao alongamento, aplicado em velocidades específicas. A classificação é sempre realizada na mesma hora do dia, com o mesmo posicionamento corporal para cada membro. Para cada grupo muscular, a reação ao estiramento é pontuada numa velocidade de alongamento específica, com os parâmetros x e y. |
Velocidade de alongamento (V)
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V1 |
O mais lentamente possível |
V2 |
Velocidade correspondente à queda do segmento do membro |
V3 |
O mais rapidamente possível (acima da velocidade de queda natural) |
V1 é usada para medir a amplitude de movimento passiva. Só V2 e V3 são usadas para classificar a espasticidade. |
Qualidade da reação muscular (x)
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0 |
Nenhuma resistência ao longo do movimento passivo |
1 |
Ligeira resistência ao longo do movimento passivo, sem que possa ser definido um ângulo específico de resistência |
2 |
Clara resistência ao movimento passivo em um ângulo específico, seguida por liberação |
3 |
Clônus fatigável, que permanece por menos de 10 segundos e ocorre em um ângulo específico |
4 |
Clônus não fatigável, que permanece mais de 10 segundos e ocorre em um ângulo específico |
5 |
Articulação imóvel |
Ângulo de reação muscular (Y)
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Medida relativa à posição de alongamento muscular mínimo (correspondente ao ângulo). |
Ângulo de espasticidade (R)
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R1 |
Ângulo de resistência, observado na velocidade V2 ou V3 |
R2 |
Amplitude total de movimento alcançada quando o músculo está em repouso e é testado na velocidade V1 |
Observação (Boyd and Graham, 1999): * Uma grande diferença entre os valores de R1 e R2, da faixa externa à média do comprimento normal do músculo, indica um componente dinâmico grande. * Uma pequena diferença entre os valores de R1 e R2, da faixa média à interna, indica contratura predominantemente fixa. |
Data |
Articulação/músculo |
E/D |
V |
X |
R1 |
R2 |
ADM ativa |
Força MRC |
MAS |
* |
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Boyd R, Graham K. Objective measurement of clinical findings in the use of botulinum toxin type A for the management of children with cerebral palsy. Eur J Neurol. 1999;6:S23-35. Tardieu G, Rondont O, Mensch J, Dalloz Z, Monfraix C, Tabary J. Responses électromyographiques a l’étirement musculaire chez l’homme normal. Rev Neurol (Paris). 1957;97(1):60-2. Gracies J, Marosszzeky J, Renton R, Sandaman J, Gandevia S, Burke D. Short term effects of dynamic splints on the upper limb in hemiplegic patients. Arch Phys Med Rehabil. 2000 Dec;81(12):1547-55. |
Posições de teste |
Membro superior
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Testado na postura sentada, cotovelo fletido a 90 graus, nas posições articulares e velocidades recomendadas. |
Ombro
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Adutores horizontais (V3) |
Extensores verticais (V3) |
Rotadores internos (V3) |
Cotovelo
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Flexores (V2) com o ombro aduzido |
Extensores (V2) com o ombro abduzido |
Pronadores (V2) com o ombro aduzido |
Supinadores (V3) com o ombro aduzido |
Punho
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Flexores (V3) |
Extensores (V3) |
Dedos e interósseos palmares (V3) segunda falange do terceiro dedo, articulação metacarpofalangeana, punho em posição de repouso |
Membro inferior
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Testado em supino, nas posições articulares e velocidades recomendadas. |
Quadril
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Extensores (V3) com o joelho estendido |
Adutores (V3) com o joelho estendido |
Rotadores externos (V3) com o joelho flexionado em 90 graus |
Rotadores internos (V3) com o joelho flexionado em 90 graus |
Joelho
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Extensores (V2) com o quadril flexionado em 30 graus |
Flexores (V3) com o quadril flexionado |
Tornozelo
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Flexores plantares (V3) com o joelho flexionado em 30 graus |