São relatados 40 casos de abscessos intracranianos em pacientes abaixo de 15 anos de idade, observados de 1960 a 1982. Houve decréscimo progressivo no número de internações por esta patologia. O quadro clínico típico foi subagudo e caracterizou-se por hipertensão intracraniana, febre, alterações do nível de consciência, convulsões e sinais de localização, em ordem decrescente de freqüência. Otites e sinusites predominavam como focos primários e as localizações mais comuns foram frontais e parietais. Eletrencefalograma e líquido cefalorraquidiano revelaram-se úteis. Atualmente, a tomografia computadorizada é indicada como exame de primeira escolha. Trinta e quatro pacientes foram submetidos à cirurgia, tendo sido a mortalidade de 35,2%.