Acessibilidade / Reportar erro

Fatores de risco da osteoporose: prevenção e detecção através do monitoramento clínico e genético

Resumos

A osteoporose é uma doença sistêmica caracterizada pela baixa massa óssea e deterioração da micro arquitetura do tecido ósseo. Consequentemente existe um aumento na fragilidade do osso e suscetibilidade à fratura, que é considerada o efeito clínico mais importante deste processo. Muitos estudos que se utilizam de modelos em gêmeos ou pais e seus descendentes têm confirmado o papel da herança genética no pico de massa óssea, na verdade o maior fator de risco da fratura. Neste artigo de revisão, são enfocados os prováveis genes envolvidos no processo de osteoporose, ressaltando a importância das interações entre gene- gene e gene-ambiente. Concernente à influência isolada do ambiente, são abordados os hábitos relacionados ao estilo de vida, à nutrição e ao tabagismo envolvidos no aparecimento dessa doença. Durante os próximos anos, o conhecimento baseado na genética molecular elucidará o processo osteoporótico. Do mesmo modo, os estudos clínicos se expandirão, visando contribuir para a detecção precoce da doença, permitindo assim a aplicação de medidas preventivas e terapêuticas adequadas.

Osteoporose; Aspectos genéticos; Prevenção; Detecção


Osteoporosis is a systemic disorder characterized by low bone mass and microarchitectural deterioration of bone tissue. Consequently, there is an increase in bone fragility and susceptibility to fracture, which is considered the most important clinical outcome of this process. Several studies using twins or parents- offspring models have confirmed the strong heritability of peak bone mass, in fact, the major risk factor of fracture. In this review article, we focused on the candidate genes involved in osteoporosis, pointing out the importance of the interaction between gene-gene and gene-environment. Concerning the environmental influence itself, we approach about life style, nutrition and smoke habit related with the disease onset. During the coming years, knowledge on the genetic molecular basis will elucidate the osteoporosis process. At the same way, clinical studies will expand in order to contribute to early detection of the disease, thus allowing application of adequate preventive and therapeutic measures.

Osteoporosis; Genetic aspects; Prevention; Detection


ARTIGO DE REVISÃO

Fatores de risco da osteoporose: prevenção e detecção através do monitoramento clínico e genético

Nívea Dulce Tedeschi Conforti FroesI; Edgard dos Santos PereiraII; Wilson Fábio NegrelliIII

IMestre e Doutora em Genética pela Universidade Estadual Paulista, UNESP; Pós-Doutorado pela Universidade do Texas, Departamento de Medicina Preventiva, Galveston, EUA

IIProfessor de Ortopedia, Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro - UNISA. Coordenador de Residência Médica do Hospital Geral da Vila Penteado - São Paulo

IIIOrtopedista e Traumatologista. Coordenador do Grupo de Cirurgia da Coluna do Hospital Geral da Vila Penteado - São Paulo

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Laboratório de Epidemiologia Molecular Universidade Estadual Paulista - UNESP Campus de São José do Rio Preto Rua Cristóvão Colombo, 2265 CEP 15054-000 São José do Rio Preto, SP E-mail: nfroes@bot.ibilce.unesp.br

RESUMO

A osteoporose é uma doença sistêmica caracterizada pela baixa massa óssea e deterioração da micro arquitetura do tecido ósseo. Consequentemente existe um aumento na fragilidade do osso e suscetibilidade à fratura, que é considerada o efeito clínico mais importante deste processo. Muitos estudos que se utilizam de modelos em gêmeos ou pais e seus descendentes têm confirmado o papel da herança genética no pico de massa óssea, na verdade o maior fator de risco da fratura. Neste artigo de revisão, são enfocados os prováveis genes envolvidos no processo de osteoporose, ressaltando a importância das interações entre gene- gene e gene-ambiente. Concernente à influência isolada do ambiente, são abordados os hábitos relacionados ao estilo de vida, à nutrição e ao tabagismo envolvidos no aparecimento dessa doença. Durante os próximos anos, o conhecimento baseado na genética molecular elucidará o processo osteoporótico. Do mesmo modo, os estudos clínicos se expandirão, visando contribuir para a detecção precoce da doença, permitindo assim a aplicação de medidas preventivas e terapêuticas adequadas.

Descritores: Osteoporose. Aspectos genéticos. Prevenção. Detecção.

ARTIGO DE REVISÃO

A osteoporose é uma doença metabólica do osso, que se caracteriza por baixa massa e deterioração do tecido ósseo, conduzindo à fragilidade do osso com conseqüente aumento do risco de fraturas. Estudos familiais sugerem a osteoporose como uma doença genética, de caráter poligênico, sendo que mais de 85% da variação de massa óssea está sob controle genético(62).

A massa óssea resulta tanto da quantidade de osso adquirida durante o crescimento, ou seja, o pico de massa óssea, e a razão de perda óssea relacionada com a idade. Essas mudanças ocorrem durante o processo de remodelação no osso, como resultado do desequilíbrio entre as células de reabsorção (osteoclastos) e as células formadoras (osteoblastos) que removem e recolocam pequenos pacotes de osso em certos pontos do esqueleto. Desse modo, percebe-se que o osso nunca está metabolicamente inativo, sua matriz e suplementos minerais estão sendo remodelados constantemente, ao longo das linhas de estresse mecânico(40).

Em conseqüência de ser uma patologia silenciosa, que pode progredir sem detecção por décadas, a osteoporose afeta milhões de pessoas e está se tornando um dos maiores problemas de saúde. Assim, a osteoporose atinge tanto homens como mulheres e tem um impacto comparável, se não maior, aos mais importantes problemas de saúde, como as doenças cardiovasculares e o câncer.

Atualmente, os custos relacionados à osteoporose estão sendo considerados como o maior encargo para as autoridades de saúde dos países desenvolvidos. Somente nos Estados Unidos, o dispêndio do tratamento supera a cifra de 10 bilhões de dólares anuais, havendo mais de vinte e cinco milhões de indivíduos afetados, sendo 12% de homens e 40% de mulheres(13). Estima-se que a ocorrência de perda óssea atinja cerca de um quarto da população em todo o mundo, o que pode ser estimado em até 220 milhões de pessoas(49).

A fratura é o efeito clínico mais importante da osteoporose. Dada à mortalidade associada com fraturas osteoporóticas, a significância dessa doença não pode ser ignorada. O reparo de fraturas envolve passos fisiológicos complexos, com a participação coordenada de muitos tipos celulares(18). Durante os últimos anos, a genética molecular tem se tornado de extrema significância para a pesquisa médica(44), fornecendo metodologias capazes de identificar mecanismos importantes nos processos fisiológicos e patofisiológicos, incluindo aqueles envolvidos na consolidação de fraturas, que ocorre ao nível molecular(26).

A partir do conhecimento acerca dos fatores genéticos envolvidos e sua potencial interação com o ambiente será possível à escolha do melhor caminho para a prevenção, detecção e tratamento da osteoporose e as conseqüências dela advindas. Considera-se a interferência genética na osteoporose como um processo claro, envolvendo parâmetros como modulação da densidade, tamanho e forma do osso(15).

A fragilidade esquelética é amplamente determinada pela massa e a micro- estrutura do osso. O pico de massa óssea é o maior fator na quantificação de risco à fratura(51) e variações alélicas no gene receptor da vitamina D (VDR) têm sido relatadas como responsáveis pela alteração da homeostase de cálcio, com efeitos subsequentes sobre o tamanho e a densidade óssea(12,20,48,55,62). Indivíduos portadores de genótipos desfavoráveis, ou seja, com a presença de mutações em sítios específicos para o gene VDR, apresentam maior prevalência e incidência de fraturas e perda de massa óssea(5,23,24). No entanto, não há concordância completa entre os dados de literatura(63). Uma explicação plausível para isso seja a necessidade de se considerar as interações entre gene e idade(21), gene e ambiente(20) e principalmente, a interação entre diferentes genes na densidade mineral óssea(19).

Concernente a esse último aspecto, a existência de uma possível interação entre os genes VDR e o receptor de estrógeno (ER) associado diretamente com a densidade óssea foi relatada recentemente(12), corroborando, portanto, com a hipótese de que o melhor esclarecimento dessa interação pode auxiliar no tratamento de preservação da massa óssea. O estrógeno influencia o metabolismo e crescimento ósseo e esse efeito é dependente de receptores nucleares(47). Mulheres caucasianas americanas, mutantes recessivas para o gene, apresentam densidade óssea significativamente mais baixa, em comparação às mulheres portadoras de genótipos normais(63). Além disso, a variação genética no loco ER, como evento único ou combinado com o gene VDR influencia a obtenção e manutenção do pico de massa óssea em mulheres jovens, o que pode em troca, conferir indivíduos mais suscetíveis à osteoporose, em comparação a outros(4). É importante salientar que existe uma potencial ligação fisiológica entre o gene ER e a vitamina D, pois essa regula a P450 aromatase, enzima que modula, por sua vez, a disponibilidade do estrógeno ao seu receptor, expresso nos osteoblastos.

A calcitonina é um hormônio polipeptídico secretado pelas células parafoliculares da glândula tiróide, capaz de inibir a reabsorção osteoclástica do osso e estimular a excreção urinária do cálcio. Em um estudo visando determinar o papel do gene que codifica para o receptor da calcitonina (CTR) na densidade mineral óssea(41), o genótipo heterozigoto (Tt) foi o mais representado nas mulheres normais, como as portadoras de osteoporose. Entretanto, as mulheres com genótipo recessivo (tt) mostraram menor densidade mineral óssea na região lombar, em comparação ao genótipo heterozigoto.

Em contraposição, não foram observadas variações significativas na densidade mineral óssea do colo do fêmur. Essas observações estão de acordo com a teoria de que há forte influência genética na constituição da massa óssea em sítios com maior proporção de osso trabecular e igualmente com a especificidade genética para sítios anatômicos. As formas polimórficas para CTR podem realçar diferenças genéticas na suscetibilidade à perda de massa óssea, bem como na resposta aos tratamentos.

De acordo com esses resultados, o gene CTR se torna um novo candidato no cenário de genes que influenciam a determinação da densidade mineral óssea.

O colágeno tipo I é a proteína extracelular mais abundante da matriz óssea e é essencial para a força esquelética. Cada molécula de colágeno tipo I é composta de duas cadeias alfa 1 e uma cadeia alfa 2 entrelaçadas entre si, formando uma hélice tríplice. O gene do colágeno tipo I alfa 1 (COLIA1) está associado com a massa óssea e propensão à fraturas e se caracteriza por conter um sítio polimórfico, conhecido como Sp1. Resultados publicados(37) demonstraram que tanto homens como mulheres, portadores do genótipo recessivo são propensos à fratura. Isso sugere que o loco polimórfico Sp1 do COLIA1 pode estar relacionado com a qualidade do colágeno no esqueleto. Do mesmo modo, o gene COLIA1 pode estar implicado na determinação da força e massa óssea.

Similarmente, diferenças significativas na distribuição genotípica foram encontradas nos pacientes com osteoporose, quando comparados aos controles saudáveis. Tais achados reforçam que o estudo desse polimorfismo pode ser de extremo valor clínico na identificação de indivíduos, tanto do sexo masculino como feminino, que apresentam risco para fraturas.

Um outro gene que figura como candidato no processo da osteoporose é o do apolipoproteína E (APOE), que atua como ligante para os receptores de lipoproteínas de baixa densidade e facilita o transporte intravascular de lipídeos e vitamina K, um cofator para a formação de resíduos de g-carboxiglutamato de muitas proteínas da matriz óssea(7). Uma possível explicação para a participação do gene APOE no aparecimento de fraturas parece residir no fato de que ele pode alterar a absorção de vitamina K(30,31). A vitamina K, como se sabe, media a gama carboxilação dos resíduos de glutamil em muitas proteínas ósseas, principalmente a osteocalcina. Assim sendo, altas concentrações de osteocalcina descarboxilada e baixas concentrações de vitamina K estão associadas à menor densidade mineral óssea e conseqüente aumento do risco de fraturas. Relatos recentes(7) indicam que mulheres portadoras de, pelo menos, um alelo mutado do gene possuem risco aumentado de fraturas nos quadris e pulso, resultados esses confirmados por outros autores.

Pelo exposto, não há dúvida sobre a evidente participação genética na densidade, forma, tamanho e modificação óssea. Em qualquer idade ou fase da vida, a herança genética contribui de modo significativo nesses processos, embora haja a interação do genótipo com fatores do ambiente, tais como a dieta e o estilo de vida durante o tempo todo(15), podendo essa interação interferir na penetrância do gene(54). Em conseqüência disso, tem sido crescente o interesse, além dos estudos descritivos populacionais na espécie humana, de estudos que decifrem a variabilidade individual ou populacional na suscetibilidade às doenças(1). Portanto, decifrar a base genética da variação na resposta a agentes ambientais pode responder questões sobre porquê certos grupos de indivíduos apresentam maior incidência de uma doença específica, da mesma forma que se constituiria em um forte instrumento de prevenção à essas doenças.

Dentre os marcadores disponíveis para os estudos em sistemas biológicos, os marcadores de efeito indicam a presença de doenças ou precursores de doenças e os marcadores de suscetibilidade indicam indivíduos ou populações com diferenças biológicas capazes de afetar a resposta do organismo à agentes ambientais(9). Esses marcadores constituem, portanto, ferramentas indispensáveis que podem ser adotadas como estratégias de prevenção(35,60). Além disso, os marcadores genéticos poderão em futuro próximo, ser utilizados não apenas em estudos epidemiológicos, como também na prática clínica.

Dentre os fatores ambientais envolvidos no processo osteoporótico, a nutrição, particularmente com relação ao consumo de proteínas, produtos lácteos e verduras, tem sido referida como contribuidora da formação da massa óssea(3,50,52). A suplementação de cálcio e vitamina D na infância parece também desempenhar papel importante na saúde dos ossos(61). Estudos retrospectivos em adultos sugerem que o consumo de cálcio na primeira fase do desenvolvimento está associado com o risco de ocorrência de fraturas e o desenvolvimento de osteoporose na fase adulta(56,59). Entretanto, há que se considerar que a sensibilidade de absorção desse nutriente varia dependendo da constituição genética do indivíduo(42).

O uso de cafeína, o consumo de álcool e o hábito tabagista parecem influir na diminuição da densidade óssea(33,58). Com relação à cafeína, seu efeito provavelmente está associado com o aumento na excreção de cálcio.De um modo geral, o consumo diário de mais de duas xícaras está moderadamente associado com o aumento de fraturas(34). Contudo, outros autores discordam desses resultados, afirmando ser inconsistente a associação da cafeína com o aumento do risco de fratura e o desenvolvimento da osteoporose(10,39).

Uma menor inconsistência de resultados ocorre, todavia concernente à relação entre o hábito tabagista e o consumo de álcool com o risco de fraturas(57). O cigarro é considerado fator de risco moderado para a osteoporose(29,36), uma vez que os componentes químicos do cigarro, entre eles a nicotina, atuam deprimindo a atividade do osteoblasto, tanto diretamente como por via hormonal(38). Déficit médio de 5 a 10% na densidade óssea de indivíduos fumantes também são relatados(28). Por seu efeito prejudicial na densidade mineral óssea, o cigarro tem sido também apontado como capaz de aumentar o risco à fraturas(42), bem como induzir a perda de massa óssea em homens e mulheres, provavelmente pelo seu efeito anti-estrogênico, que reduz o nível de estradiol e o aumento de globulinas ligantes de hormônios sexuais(11,14,27). É pertinente ressaltar que os efeitos deletérios do cigarro não ficam restritos apenas a indivíduos idosos. Há relatos(46) de perda de massa óssea em homens jovens e saudáveis, considerados fumantes pesados (mais de 21 cigarros/dia).

Relativo ao consumo de álcool, parece haver um efeito direto sobre os osteoblastos, determinando diminuição nos níveis de osteocalcina nos estágios iniciais, além de mudanças histomorfométricas em etapas posteriores. Há também relatos não somente da diminuição da formação óssea, bem como aumento de reabsorção(17,32). Em alcoólatras crônicos, os níveis séricos de vitamina D e seus metabólitos diminuem, independentemente da presença de qualquer hepatopatia. O consumo de bebidas alcoólicas que excede a 200 ml por semana pode interferir nos níveis estrogênicos e isso estaria associado com o aparecimento da osteoporose(22).

A atividade física tem sido apontada como fator que contribui para o aumento da massa óssea, reduzindo consequentemente o risco de fraturas(25). Os benefícios específicos de um programa regular de exercícios incluem o controle da obesidade, o aumento do perfil lipídico no sangue e a otimização da ingestão de micronutrientes(45,53). Aconselha-se o exercício físico desde a infância, por ser esse o período de formação da massa óssea(6). Ao mesmo tempo, a atividade física exagerada durante a puberdade deve ser evitada, uma vez que numerosos estudos demonstram distúrbios hormonais ao nível do eixo pituitário do hipotálamo em atletas jovens(2).

Diante das informações apresentadas parece evidente que conhecer a fisiologia molecular dos genes e a interação entre eles no processo da osteoporose conduzirá certamente ao melhor entendimento dessa patologia, facilitando o diagnóstico e tratamento. Ao mesmo tempo, esse conhecimento auxiliará sobremaneira na identificação e detecção de grupos de risco, bem como propiciará a condução de tratamentos individualizados específicos, por permitir a seleção de opções terapêuticas mais apropriadas(16).

O uso de marcadores moleculares aliado ao acompanhamento clínico especializado é a ferramenta precisa no entendimento da etiologia da doença, bem como na detecção dos fatores de risco. Esse tipo de monitoramento abrange o valor preventivo, que em futuro breve será requerido em larga escala, proporcionando a melhora na qualidade de vida de um modo geral.

Seu emprego, contribuirá de forma singular para diminuir a incidência dessa patologia, considerada problema de saúde mundial.

Trabalho recebido em 25/07/2001. Aprovado em 27/11/2001

  • 1. Abdel-Rahman, S, El-Zein, R, Anwar, W, Au, W. A multiplex PCR procedure for polymorphic analysis of GSTM1 and GSTT1 genes in population studies. Cancer Letters, v.107, p.229-233, 1996.
  • 2. Aebersold- Schutz, G. Do endurance sports lead to osteoporosis in women? Orthopade, v.26, p.955-960, 1997.
  • 3. Anderson, J J. Plant- based diets and bone health: nutritional implications. Am J Clin Nutr, v. 70, p.539-542, 1999.
  • 4. Audi, L, Garcia-Ramirez, M & Carrascosa, A. Genetic determinants of bone mass. Hormone Research 51, p. 105-123, 1999.
  • 5. Baltzer, A W, Reinecke, J, Wehling, P, Granrath, M, Schulit, K P. Bone density and bone metabolism regulated by vitamin D receptor allele polymorphism in a German study sample. Orthop Ihre Grenzgeb, v. 137, p. 273-279, 1999.
  • 6. Bass, S, Pearce, G, Bradney, M, Hendrich, E, Delmas, P D, Harding, A, Seeman, E. Exercise before puberty may confer residual benefits in bone density in adulthood: studies in active prepubertal and retired female gymnasts. J Bone Miner Res, v.13, p.500-507, 1998.
  • 7. Beavan, S R, Prentice, A, Stirling, D M. Apolipoprotein E (APOE) genotype and osteocalcin carboxylation postmenopause. J. Bone Miner Res, v.13, p.523, 1998.
  • 8. Cauley, L A, Zmuda, J M, Yaffe, K, Kuller, L H, Ferrel, R E, Wisniewski, S R, Cummings, S R. Apolipoprotein E polymorphism: a new genetic marker of hip fracture risk- The study of osteoporotic fractures. J Bone Miner Res, v.14, p. 1175-1181, 1999.
  • 9. Conforti- Froes, N, El-Zein, R, Abdel- Rahman, S, Au, W. Predisposing genes and increased chromosome aberrations in lung cancer cigarette smokers. Mutation Research, v. 379, p.53-59, 1997.
  • 10.Cooper, C, Atkinson, E J, Wahner, H W, O'Fallon, W M, Riggs, B L, Judd, H L, Melton, L J. Is caffeine consumption a risk actor for osteoporosis? J Bone Miner Res, v. 7, p. 465-471, 1992.
  • 11.Daniel, M, Martin, A D, Drinkwater, D T. Cigarette smoking, steroid hormones, and bone mineral density in young women. Calcif Tissue Int., v.50, p.300 305, 1992.
  • 12.Deng, H W, Li, J, Li, J L, Johnson, M, Gong, G, Davis, K M, Recker, R R. Change of bone mass in postmenopausal Caucasian women with and without hormone replacement therapy is associated with vitamin D receptor and estrogen receptor genotypes. Hum Genet, v. 103, p.576-585, 1998.
  • 13.Ebeling, P R. Osteoporosis in men. New insights into aetiology, pathogenesis, prevention and management. Drugs Aging, v.13, p.421-434, 1998.
  • 14.Egger, P, Duggleby, S, Hobbs, R, Fall, C, Cooper, C. Cigarette smoking and bone mineral density in the elderly. J Epidemiol Community Health, v. 50, p.47-50,1996.
  • 15.Eisman, J A. Genetics of osteoporosis. Endocr Ver, v.20, p.788-804, 1999.
  • 16.Epstein, S, Goodman, G R. Improved strategies for diagnosis and treatment of osteoporosis. Menopause, v.6, p.242-250, 1999.
  • 17.Felson, D T, Zhang, Y, Hannan, M T, Kannel, W B, Kiel, D P. Alcohol intake and bone mineral density in elderly men and women. The Framingham Study. Am J Epidemiol, v. 142, p. 485-492, 1995.
  • 18.Ferguson, C, Alpern, E, Miclau, T, Helms, J A. Does adult fracture repair recapitulate embryonic skeletal formation? Mech Dev, v.87, p.57-66, 1999.
  • 19.Ferrari, S, Rizzoli, R, Bonjour, J P. Genetic aspects of osteoporosis. Curr Opin Rheumatol, v.11, p.294-300, 1999.
  • 20.Ferrari, S, Rizzoli, R, Manen, D, Slosman, D, Bonjour, J P. Vitamin D receptor gene start codon polymorphisms ( Fok I) and bone mineral density : interaction with age, dietary calcium, and 3'-end region polymorphisms. J Bone Miner Res, v. 13, p.925-930, 1998.
  • 21.Feskanich, D, Hunter, D J, Willett, W C, Hankinson, S E. Hollis, B W, Hough, H L, Kelsey, K T & Colditz, G A. Vitamin D receptor genotype and the risk of bone fractures in women. Epidemiology 9 535-539, 1998.
  • 22.Ganry, O, Dubreuil, A. The potential effects of alcohol on bone mass in menopausal women: review o the literature. Sante Publique, v.11, p.7-16, 1999.
  • 23.Gennari, L., Becherini, L., Mansani, R, Brandi, M L. Fok I polymorphism at translation initiation site of the vitamin D receptor gene predicts bone mineral density and vertebral fractures in postmenopausal Italian women. J Bone Miner Res, v.14, p.1379-1386, 1999.
  • 24.Gomez, C, Naves, M L, Barrios, Y, Diaz, J B, Fernandez, J L, Salido, E, Torres, A, Cannata, J B. Vitamin D receptor gene polymorphisms, bone mass, bone loss and prevalence of vertebral fracture: differences in postmenopausal women and men. Osteoporos Int, v.10, p.175-182, 1999.
  • 25.Gregg, E W, Cauley, J A, Seeley, D G, Ensrud, K E, Bauer, D C. Study of osteoporotic fractures research group. Ann Intern Med, v. 129, p.133-134, 1998.
  • 26.Hanselmann, R G, Mutschler, W E. Significance of molecular biology research for trauma surgery exemplified by wound and bone healing. Langenbecks Arch Chir Suppl Kongressbd, v.115, p.86-89, 1998.
  • 27.Hollenbach, K A, Barret- Connor, E, Edeltein, S L, Hollbrook, T. Cigarette smoking and bone mineral density in older men and women. Am J Public Health, v.83, p.1265-1270, 1993.
  • 28.Hooper, J L, Seeman, E. The bone density of female twins discordant for tobacco use. N Engl J Med, v.330, p.387-392, 1994.
  • 29.Ill, P O, Alexandre, C. Tobacco as risk factor of osteoporosis, myth or reality? Rev Rhum Ed Fr, v. 60, p.280-286, 1993.
  • 30.Johnston, C C Jr, Slemenda, C W. Pathogenesis of osteoporosis. Bone, V.17, p.19-22, 1995.
  • 31.Johnston, J M, Cauley, J A , Ganguli, M. APOE4 and hip fracture risk in a community-based study of older adults. J Am Geriatr Soc, v. 47, p. 1342 1345, 1999.
  • 32.Keck, E. Alcohol-induced osteopenia. Radiologe, v.26, p. 587-591, 1986.
  • 33.Keiver, K, Ellis, L, Anzarut, A, Weinberg, J. Effect of prenatal ethanol exposure on fetal calcium metabolism. Alcohol Clin Exp Res, v.21, p.1612 1618, 1997.
  • 34.Kiel, D P, Felson, D T, Hannan, M T, Anderson, J J, Wilson, P W. Caffeine and the risk o hip fracture: the Framingham Study. Am J Epidemiol, v.132, p. 675 684, 1990.
  • 35.Kulak, C A, Bilezikian, J P. Osteoporosis: preventive strategies. Int J Fertl Women Med, v. 43, p. 56-64, 1998.
  • 36.Kyro, A., Usenius, J P, Aarnio, M, Kunnamo, I, Avikainen, V. Are smokers a risk group for delayed healing of tibial shaft fractures? Ann Chir Gynaecol, v 82, p.254-262, 1993.
  • 37.Langdahl, B L, Ralston, S H, Grant, S F, Eriksen, E F. Na Sp1 binding site polymorphism in the COLIA1 gene predicts osteoporotic fractures in both men and women. J Bone Miner res, v. 13, p. 1384-1389, 1998.
  • 38.Laroche, M, Lasne, Y, Felez, A, Moulinier, L, Bon, E, Cantagrel, A, Leophonte, P, Mazieres, B. Osteocalcin and smoking. Rev Rhum Ed Fr, v. 61, p. 433-436, 1994.
  • 39.Lloyd, T, Rollings, N, Eggli, D F, Kieselhorst, K, Chinchilli, V M. Dietary caffeine intake and bone status of postmenopausal women. Am J Clin Nutr, v.65, p.1826-1830, 1997.
  • 40.Marchigiano, G. Osteoporosis: primary prevention and intervention strategies for women at risk. Home Care Provid., v.2, p.76-81, 1997.
  • 41.Masi, L, Becherini, L, Colli, E, Gennari, L, Mansani, R, Falchetti, A, Becorpi, A M, Cepollaro, C, Gonelli, S, Tanini, A, Brandi, M L. Polymorphisms of the calcitonin receptor gene are associated with bone mineral density in postmenopausal Italian women. Biochem Biophys Res Commun, v.248, p.190-195, 1998.
  • 42.May, H, Murphy, S, Khaw, K T. Cigarette smoking and bone mineral density in older men. Q J M, v.87, p.625-630, 1994.
  • 43.Nakamura, T. The importance of genetic and nutritional factors in response to vitamin D and its analogs in osteoporotic patients. Calcif Tissue Int, v. 60, p. 119-123, 1997.
  • 44.Niu, T, Chen, C, Cordell, H, Yang, J, Wang, B, Wang, Z, Fang, Z, Schork, N J, Rosen, C J, Xu, X. A genomewide scan for loci linked to forearm bone mineral density. Hum Genet, v. 104, p. 226-233, 1999.
  • 45.Nguyen, T V, Sambrook, P N, Eisman, J A. Bone loss, physical activity, and weight change in elderly women: the Dubbo Osteoporosis Epidemiology Study. J Bone Miner Res, v.13, p.1458 1467, 1998.
  • 46.Ortego-Centeno, N, Munoz- Torres, M, Jodar, E, Hernandez-Quero, J, Jurado-Duce, A, de la HigueraTorres- P
  • 47.Prakasam, G, Yeh, J K, Chen, M M, Castro-Magana, M, Liang, C T, Aloia, J F. Effects of growth hormone and testosterone on cortical bone formation and bone density in aged orchiectomized rats. Bone, v.24, p.491-497, 1999.
  • 48.Ralston, S H. What determines peak bone mass and bone loss? Baillieres Clin Rheumatol, v.11, p.470-494, 1997.
  • 49.Reginster, J Y, Gillet, P, Bem Sedrine, W, Brands, G, Ethgen, O, de Froidmont, C, Gosset, C. Direct costs of hip fractures in patients over 60 years of age in Belgium. Pharmacoeconomics, v.15,p.507-514, 1999.
  • 50.Rizzoli, R, Bonjour, J P. Malnutrition and osteoporosis. Z. Gerontol Geriatr, v.32, p.31-37, 1999.
  • 51.Rosen, C J, Donahue, L R. Insulin-like growth factors and bone: the osteoporosis connection revisited. Proc. Soc Exp Biol Med, v.2, p.1-17, 1998.
  • 52.Rousseau, M E. Dietary prevention of osteoporosis. Lippincotts Prim Care Pract, v.1, p.307-319, 1997.
  • 53.Shephard, R J. Nutritional benefits of exercise. J Sports Med Phys Fitness, v.29, p.83-90, 1989.
  • 54.Shiraki, M. Genetic studies in osteoporosis. Nippon Rinsho, v.56, p.1374-1381, 1998.
  • 55.Sosa Henriquez, M., Torres Ramires, A, Dominguez, C, Salido, E, Saavedra, P, Betancor, L. Genetic polymorphism of vitamin D receptor gene and osteoporosis. Med Clin (Barc), v.110, p.636-650, 1998.
  • 56.Stallings, V A. Calcium and bone health in children: a review. Am J Ther, v.4, p.259-273, 1997.
  • 57.Ueng, S W, Lin, S D, Wang, C R, Liu, S J, Tai, C L, Shih, C H. Bone healing of tibial lenghthening is delayed by cigarette smoking: study of bone mineral density and torsional strengh on rabbits. J Trauma, v.46, p.110-115, 1999.
  • 58.Ullom- Minnich, P. Prevention of osteoporosis and fractures. Am Fann Physician, v.60, p. 194 202, 1999.
  • 59.Von Muhlen, D, Visby, L, Barret-Connor, E, Bettencourt, R. Evaluation of the simple calculated osteoporosis risk estimation (SCORE) in older caucasian women: the Rancho Bernardo Study. Osteoporos Int, v.10, p.79-84, 1999.
  • 60.Walker- Bone, K, Reid, D M, Cooper, C. Is screening for osteoporosis worthwile? Brit Med Bull, v.54, p. 915-927, 1998.
  • 61.Wardlaw, G M. Putting osteoporosis in perspective. J Am Diet Assoc, v.93, p.1000-1006, 1993.
  • 62.Wood, R J, Fleet, J C. The genetics of osteoporosis: vitamin D receptor polymorphisms. Ver Nutr, v.18, p.233-258, 1998.
  • 63.Zmuda, J M, Cauley, J A, Ferrel, R E. Recent progress in understanding the genetic susceptibility to osteoporosis. Genet Epidemiol, v. 16, p.356-367, 1999.
  • Endereço para correspondência

    Laboratório de Epidemiologia Molecular
    Universidade Estadual Paulista - UNESP
    Campus de São José do Rio Preto
    Rua Cristóvão Colombo, 2265
    CEP 15054-000 São José do Rio Preto, SP
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      21 Set 2005
    • Data do Fascículo
      Mar 2002

    Histórico

    • Aceito
      27 Nov 2001
    • Recebido
      25 Jul 2001
    ATHA EDITORA Rua: Machado Bittencourt, 190, 4º andar - Vila Mariana - São Paulo Capital - CEP 04044-000, Telefone: 55-11-5087-9502 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: actaortopedicabrasileira@uol.com.br