RESUMO
Objetivo: Avaliar os impactos econômicos e ambientais da telemedicina e a correlação de variáveis socioeconômicas com a preferência por telemedicina em pacientes com patologias do quadril atendidos em centro de referência terciário em São Paulo, Brasil.
Métodos: Estudo transversal (janeiro a junho de 2024) com pacientes atendidos por telemedicina, com dados sobre preferências, perfil socioeconômico, deslocamento e custos (transporte/alimentação). Distância, tempo e emissões evitadas foram estimados com o Google Maps e fatores de emissão. Correlacionou-se a preferência por telemedicina com dados socioeconômicos. Utilizaram-se testes de Wilcoxon, qui-quadrado e regressão logística.
Resultados: Participaram 148 pacientes, dos quais 77,7% preferiram a telemedicina. A média de distância de deslocamento evitada foi de 168,84 km, com economia média de tempo de 223,97 minutos. Pacientes que utilizavam transporte público e carro particular economizaram, respectivamente, US$ 12,62 e US$ 28,95. A telemedicina também reduziu as emissões de poluentes, evitando aproximadamente sete toneladas de dióxido de carbono. A preferência pela telemedicina esteve positivamente associada à maior renda (p = 0,0283). As demais variáveis não apresentaram associações estatisticamente significativas.
Conclusão: A telemedicina reduziu o tempo, custos e as emissões, melhorando o acesso. A preferência foi maior entre pacientes com maior renda, indicando barreiras para os grupos de baixa renda. Novos estudos devem explorar a baixa adesão entre populações em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Nível de Evidência IV; Análises econômicas e de decisão.
Descritores:
Telemedicina; Quadril; Ortopedia; Poluição do Ar; Dióxido de Carbono; Custos e Análise de Custo
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Source: Authors’ elaboration based on data collected in the IOT-HCFMUSP telemedicine program (2022–2023); Basemap: © OpenStreetMap contributors; Tiles: © CARTO; Rendered With: Leaflet.
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