ARTRODESE TIBIOCALCANEANA: COMPARAÇÃO ENTRE ABORDAGEM ANTERIOR E A ABORDAGEM TRANSFIBULAR

RESUMO

Objetivo:

Avaliar os resultados clínicos e radiológicos e as complicações de pacientes submetidos à artrodese de tornozelo realizada por abordagem transfibular e abordagem anterior em fase terminal de osteoartrite de tornozelo.

Métodos:

Foram incluídos 41 pacientes atendidos entre 2016 e 2022 que satisfizeram os critérios de inclusão para esta análise comparativa retrospectiva. Destes, 19 incluídos no grupo de abordagem anterior e 22 no grupo de abordagem transfibular. A média de idade foi de 58,9 anos. Os dados coletados incluíram o índice de massa corporal (IMC), a escala de retropé da American Orthopedic Foot and Ankle Society (AOFAS), o escore da escala visual analógica (EVA), assim como a presença de diabetes, tabagismo, tempo de fusão, não união, taxa de união, ângulo tibiotalar coronal pré e pós-operatório e complicações.

Resultado:

O tempo médio de consolidação óssea foi de 14,3 semanas (variação de 11 a 17 semanas) no grupo de abordagem anterior e 11,3 semanas no grupo de abordagem transfibular. Foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os dois grupos. A consolidação não ocorreu em um caso no grupo de abordagem transfibular e em três casos no grupo de abordagem anterior. Não houve diferença significativa na taxa de não consolidação entre os dois grupos (p = 0,321). Os escores nas escalas EVA e AOFAS dos dois grupos foram semelhantes, não sendo encontradas diferenças significativas (p = 0,491, p = 0,448, p = 0,146, p = 0,073, p = 0,173, p = 0,506, respectivamente).

Conclusões:

Uma artrodese estável e firme do tornozelo e um pé plantígrado podem ser obtidos tanto com a abordagem transfibular quanto com a técnica de abordagem anterior. Nível de Evidência III, Estudo Comparativo Retrospectivo.

Descritores:
Articulação do Tornozelo; Artrodésia; Artrite