RESUMO
Objetivo:
Avaliar fatores de risco relacionados à evolução clínica e à desdiferenciação do osteossarcoma justacortical (parosteal, paraosteal) em osteossarcoma de alto grau.
Métodos:
Estudo de coorte retrospectiva realizado num período de 25 anos. Foram utilizados dados de prontuários de pacientes com diagnóstico de osteossarcoma parosteal que, em seguida, foram submetidos à análise estatística pelo Teste Exato de Fisher e pelo Teste t de Student.
Resultados:
Foram tratados 326 pacientes com diagnóstico de osteossarcoma, dos quais 17 (5,21%) receberam diagnóstico de osteossarcoma parosteal, 4 (1,22%) foram diagnosticados com osteossarcoma convencional e 4 (1,22%) não tinham dados mínimos necessários para análise, sendo excluídos do estudo. Dos 9 (2,76%) pacientes estudados, 3 (0,92%) evoluíram com desdiferenciação do tumor para osteossarcoma de alto grau. Dois (0,84%) pacientes apresentaram recidiva local e 2 (0,84%%) apresentaram metástases.
Conclusão:
Os fatores idade, sexo e volume do tumor não estão diretamente relacionados com a desdiferenciação do osteossarcoma parosteal para osteossarcoma de alto grau. Apesar de a evolução clínica mais agressiva - presença de recidivas locais e metástase - no osteossarcoma parosteal ter ocorrido nos tumores com desdiferenciação, não é possível estabelecer uma relação de causa e efeito, apenas considerá-las como fatores relacionados. Nível de Evidência IV, Série de Casos.
Descritores:
Neoplasias Ósseas; Evolução Clínica; Osteossarcoma Justacortical; Recidiva; Fatores de Risco