RESUMO
Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico e o tempo de espera para a osteossíntese de pacientes internados devido à fratura transtrocanteriana em um hospital público do Distrito Federal.
Métodos: Estudo observacional, descritivo e retrospectivo realizado com pacientes maiores de 18 anos com fratura transtrocanteriana entre junho a dezembro de 2023. Foram coletados dados demográficos, clínicos e informações sobre o tempo de espera até a osteossíntese. As análises foram realizadas utilizando estatística descritiva e regressão logística.
Resultados: A maioria dos pacientes (61,4%) eram do sexo feminino, com idade média de 74 anos. O tempo médio entre a fratura e o atendimento foi de 34 dias, e entre a fratura e a osteossíntese foi de 22,7 dias. Pacientes com comorbidades tiveram maior tempo de internação e complicações associadas. A taxa de mortalidade foi de 6,8%, com maior prevalência em mulheres idosas com comorbidades.
Conclusões: O estudo demonstra que o tempo prolongado entre a fratura e a osteossíntese está associado a piores desfechos clínicos, especialmente em pacientes idosos com comorbidades. É fundamental otimizar o tempo de espera para cirurgia, visando à redução da morbimortalidade e melhor recuperação dos pacientes. Nível de Evidência IV; Estudo Observacional, Descritivo e Retrospectivo.
Descritores:
Fraturas do Fêmur; Osteossíntese; Morbimortalidade; Atraso no Tratamento; Idoso; Reabilitação