RESUMO
Introdução:
Revisar os pacientes que foram submetidos à cirurgia de revisão protética de quadril neste hospital, considerados como pacientes com alto risco de luxação ou luxação recorrente, submetidos a cirurgia por acetábulo cimentado de dupla mobilidade (CMD). Analisando as diferentes formas de posicionamento desses copos, seus resultados clínicos e reluxações.
Material e métodos:
Os 69 casos correspondiam a 34 homens e 35 mulheres com uma idade média de 77,39 anos. O tempo médio de acompanhamento foi de 4,7536 anos. O tipo de intervenção realizada variou de acordo com a causa da intervenção, o estoque ósseo acetabular e o estado do copo primário. Nos casos em que houve uma boa fixação do metal primário, optouse por realizar uma cimentação do DMC cimentado na cúpula acetabular metálica firme existente, o que ocorreu em 23 casos. Nos casos em que houve um afrouxamento acetabular primário com um bom estoque ósseo disponível, cimentou-se um CMD (21 caixas). Nos casos em que havia um Paprosky tipo III, cimentou-se um DMC a um anel de reforço Bursch-Schneider juntamente com a colocação de um enxerto ósseo esponjoso (25 caixas).
Resultados:
A avaliação clínica realizada no final do acompanhamento, de acordo com a Escala MD, mostrou que o valor médio foi de 16,454 (DP 0,79472), com uma sobrevivência ao final do acompanhamento de 100% do DMC inserido.
Conclusão:
O uso do DMC cimentado pode ser uma boa solução para substituição do THA, especialmente em casos de reluxação ou risco de deslo-camento devido a fatores de predisposição pessoais ou técnicos. O uso destes DMC cimentados pode ser realizado diretamente ao osso, dentro da cúpula metálica fixa existente, ou cimentados a um anel de reforço, dependendo do defeito acetabular. Nível de Evidência III; Série de Casos Comparativos.
Descritores:
Reoperação; Procedimentos Cirúrgicos Operatórios; Artroplastia Total do Quadril; Seguimentos