RESUMO
Objetivo:
As fraturas distais do antebraço são uma das mais comuns do membro superior em todas as idades, e muitas classificações foram propostas para descrevê-las. Atualmente, uma nova versão da classificação AO/OTA foi proposta. O objetivo deste estudo foi utilizar a classificação AO/OTA 2018 para descrever a epidemiologia das fraturas distais do antebraço no adulto tratadas em um único centro.
Métodos:
Estudo retrospectivo, em que se avaliaram as radiografias obtidas no primeiro atendimento dos casos de fraturas da extremidade distal do antebraço de esqueletos maduros, atendidas no pronto-socorro ortopédico de um único hospital terciário.
Resultados:
Foram estudados 322 casos, com média da idade de 50,35 ± 18,98 anos, 55,3% do sexo feminino e 44,7% do lado direito. As fraturas do tipo 2R3A, 2R3B e 2R3C corresponderam a 32,3%, 18,0% e 48,4%, respectivamente. A ulna distal foi envolvida em 41,9%. Houve correlação entre a idade e o sexo, de modo que, no grupo etário com idade até 30 anos, 78,3% eram do sexo masculino e, acima dos 60, 80,6% do sexo feminino (p<0,001).
Conclusão:
As fraturas do tipo 2R3C foram as mais comuns do rádio, e as 2U3A1.1 foram as mais comuns da ulna. Houve correlação entre idade e sexo. Nível de evidência IV, Série de casos.
Descritores:
Fraturas do rádio; Fraturas da ulna; Traumatismos do Punho