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HASTE INTRAMEDULAR VERSUS PLACA BLOQUEADA NO TRATAMENTO DA FRATURA DO ÚMERO PROXIMAL EM DUAS E TRÊS PARTES

RESUMO

Objetivo:

Avaliar retrospectivamente e comparar proporções de complicações e achados radiográficos da osteossíntese da fratura do úmero proximal em duas e três partes com dois métodos de tratamento: haste intramedular bloqueada de terceira geração e placa bloqueada.

Métodos:

Foram avaliados 46 pacientes com idade média de 58,9 ± 16,6 entre janeiro de 2020 a janeiro de 2021. Em 16 casos (34,8%), utilizou-se a haste intramedular e, em 30 casos (65,2%), a placa bloqueada de úmero proximal. A avaliação incluiu a taxa de complicações com seguimento mínimo de seis meses de pós-operatório e avaliação radiográfica.

Resultados:

Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à proporção de complicações (grupo haste: 18,8%; grupo placa: 13,3%; p = 0,681). O grupo haste apresentou menor perda residual em varo (ângulo cervicodiafisário: grupo haste com 132,1º ± 2,3º; grupo placa com 123,8º ± 10,1º; p < 0,001). No grupo placa, as mulheres apresentaram menor índice de tuberosidade-deltoide (DTI) (1,43 ± 0,22) em relação aos homens (1,58 ± 0,11) (p = 0,022).

Conclusão:

No seguimento de curto prazo, a osteossíntese, com placa bloqueada ou haste intramedular, não apresentou diferenças nas proporções de complicações. O grupo haste apresentou menor alteração do ângulo cervicodiafisário no pós-operatório; entretanto, ocorreram duas complicações graves com cut out e desvio em varo com necessidade de reabordagem cirúrgica no grupo haste. Nível de Evidência II, Estudo Retrospectivo Observacional.

Descritores:
Complicações Pós-Operatórias; Fixação Intramedular de Fraturas; Fixação de Fratura; Cabeça do Úmero

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