RESUMO
Objetivo:
O objetivo deste estudo foi avaliar a independência funcional e o controle de tronco durante tarefas de alcance máximo em indivíduos com lesão medular, que foram divididos em grupo sedentário (SSI, n = 10) e grupo fisicamente ativo (PASI, n=10).
Métodos:
Foi realizada anamnese, identificação do nível e tipo de lesão (de acordo com o protocolo da ASIA - American Spinal Injury Association), e aplicou-se o questionário de Medida de Independência Funcional (MIF). Para a tarefa de alcance anterior e lateral os indivíduos foram instruídos a fazer o alcance máximo. Para comparação das médias dos dados foram aplicados o teste t não pareado e teste de Mann-Whitney, e as diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05.
Resultados:
O grupo PASI teve melhor desempenho na realização de atividades de autocuidado (PASI: 40,8 ± 0,42 pontos, SSI 38,0 ± 3,58 pontos, p = 0,01), controle de esfíncter (PASI: 10,5 ± 1,84 pontos, SSI 8,2 ± 3,04 pontos, p = 0,02), transferências (PASI: 20,7 ± 0,48 pontos, SSI 16,9 ± 4,27 pontos, p = 0,04) e MIF total (PASI: 104,0 ± 2,30 pontos, SSI 105,1 ± 8,56 pontos, p = 0,01). No alcance máximo, o grupo PASI teve maior alcance médio em todas as direções avaliadas (p < 0,05) .
Conclusão:
A prática de exercício físico contínuo aumentou a independência funcional motora e o controle de tronco em indivíduos com lesão medular completa. Nível de Evidência II, Estudo Prospectivo Comparativo.
Descritores:
Atividade física; Estilo de vida sedentário; Recuperação de função fisiológica; Traumatismos da medula espinal; Estudos transversais; Equilíbrio postural