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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE FRATURAS ANTES E DURANTE A QUARENTENA DE COVID-19

RESUMO

Objetivos:

Comparar a epidemiologia das fraturas tratadas cirurgicamente durante o período de contingência causado pela pandemia com os intervalos respectivos de anos anteriores.

Métodos:

Foram incluídos todos os pacientes com diagnóstico de fratura em qualquer seguimento do corpo, exceto coluna vertebral e face, que foram internados e operados entre 24 de março e 23 de junho de 2018, 2019 e 2020 em dois hospitais referência para tratamento de trauma na grande São Paulo. Os dados foram obtidos a partir da avaliação retrospectiva de prontuários médicos. Levou-se em consideração epidemiologia das fraturas, mecanismo de trauma e dados demográficos dos pacientes tratados no período de contingência em comparação com a média dos três anos anteriores (período controle).

Resultados:

Foram avaliados 879 pacientes e 965 fraturas. Durante a pandemia pelo coronavírus foram registrados 234 pacientes, enquanto a média do período controle foi de 322,5 pacientes. Em relação ao mecanismo de trauma, houve um significativo aumento do trauma de alta energia em comparação ao período controle.

Conclusão:

Verificou-se uma diminuição na incidência de fraturas tratadas cirurgicamente nos hospitais avaliados. No entanto, houve uma elevação na taxa de trauma de alta energia no período de isolamento social. Essa alteração demonstra que mudanças no fluxo das cidades podem impactar na demanda hospitalar e que a pandemia influenciou direta e indiretamente os órgãos de saúde. Nível de Evidência IV, Série de Casos.

Descritores:
COVID-19; Pandemias; Idoso; Fraturas Ósseas; Epidemiologia

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