RESUMO
Objetivo: Na reconstrução de lesão crônica de tendão flexor da mão, o desafio é a obtenção da melhor resistência e tensão da sutura que possibilite a mobilidade ativa precoce. Este estudo experimental de relaxamento a tensão, tem como objetivo investigar se o pré- condicionamento prévio do enxerto de tendão poderia auxiliar na identificação da tensão ideal do enxerto de tendão nestas reconstruções.
Métodos: Os tendões flexores suínos foram submetidos ao ensaio de relaxamento à tensão, com três ciclos de testes cada até 50N de tensão e relaxamento por 300 segundos. Mensurados: a força máxima (N), a tensão máxima (Mpa) e a deformação máxima.
Resultados: Após o pico de tensão de 50 N, foi observado: deformação máxima, com alongamento do tendão médio de 2,3 mm; alongamento médio residual de 0,6 mm; demonstrando a característica viscoelástica de mola dos tendões suínos.
Conclusão: Recomendamos a realização do pré-condicionamento intraoperatório do enxerto de tendão flexor com cargas próximas à força de preensão ativa (50N a 70N). Na impossibilidade da realização do pré-condicionamento, a sutura pode ser realizada com 17 graus de flexão da interfalângica proximal acima da flexão em cascata dos dedos, compensando o alongamento do tendão sob carga de 50 N. Nível de Evidência lll; Experimental.
Descritores:
Mobilidade Ativa; Suínos; Suturas; Tendões