RESUMO
Objetivos:
O propósito deste estudo foi comparar as taxas de união de artrodese subtalar isolada com e sem uso de enxertos ósseos ou seus substitutos.
Métodos:
Revisamos retrospectivamente 135 fusões subtalares com seguimento médio de 18 ± 14 meses. A via de acesso padrão foi utilizada em todas as cirurgias. Os enxertos utilizados incluíram fosfato b-tricálcico, matriz óssea desmineralizada, autoenxerto e aloenxertos da crista ilíaca e aloenxerto de lascas de osso trabecular. A fusão subtalar bem-sucedida foi determinada clínica e radiograficamente.
Resultados:
Verificou-se uma taxa de união de 88% (37/42) sem uso de enxerto e de 83% (78/93) com enxerto ósseo. A análise da razão de chances (odds ratio) de união óssea para enxerto e não enxerto foi 0,703 (IC 95%, 0,237-2,08). O tempo médio de união no grupo com enxerto foi de 3 ± 0,73 meses e 3 ± 0,86 no grupo sem enxerto, sem detecção de diferença estatisticamente significante (p = 0,56).
Conclusão:
O uso de enxerto não melhorou as taxas de união na artrodese subtalar. Nível de Evidência IV, Série de Casos.
Descritores:
Artrodese; Transplante ósseo; Calcâneo; Articulação talocalcânea; Transplante homólogo