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TRANSFERÊNCIA DO MÚSCULO GRÁCIL PARA FLEXÃO DO COTOVELO NAS LESÕES DO PLEXO BRAQUIAL

RESUMO

Objetivo:

A lesão do plexo braquial pode determinar sequelas para o paciente. A restituição da flexão do cotovelo é prioridade no tratamento cirúrgico. A transferência muscular funcional livre é opção na falha do tratamento precoce ou tardio. Este estudo avaliou características dos pacientes e força muscular de flexão do cotovelo após transferência muscular funcional livre.

Métodos:

Prontuários de 95 pacientes, operados de 2003 a 2019, foram analisados e as seguintes variáveis registradas: idade, sexo, transferência nervosa utilizada para motorizar o músculo grácil, tempo entre o trauma e a cirurgia, idade na cirurgia, força de flexão do cotovelo após prazo mínimo de 12 meses da transferência muscular livre.

Resultados:

87 pacientes foram incluídos no estudo, com idade média de 30 anos (17 a 57 anos). Cinquenta e cinco pacientes obtiveram força muscular de flexão de cotovelo ≥ M3 (55/87, 65%), com tempo de seguimento médio pós-operatório de 37 meses. Os nervos utilizados para ativação do músculo grácil foram: 45 espinhais acessórios, 10 intercostais, oito fascículos do n. mediano, 22 fascículos do n. ulnar e dois frênicos.

Conclusão:

A transferência muscular funcional livre é um procedimento cirúrgico viável para flexão do cotovelo nas lesões traumáticas crônicas do plexo braquial no adulto. Nível de Evidência II, Estudo retrospectivo .

Descritores:
Retalhos Cirúrgicos; Microcirurgia; Plexo Braquial

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