RESUMO
Objetivo:
Avaliar o efeito de um programa de tratamento clínico com ensino da função das mãos em pacientes com rizoartrite.
Métodos:
Cento e oito indivíduos com rizoartrite e poliartrose (191 mãos com rizoartrite clínico-radiográfica) acompanhados por dois anos num programa educacional sobre osteoartrite responderam os questionários SF-36, DASH e HAQ e os testes de força de preensão palmar, pinça-polpa, pinça-chave e pinça-trípode no momento da inclusão e 24 meses depois. Idade, raça, nível e frequência de atividade física, sexo, índice de massa corporal, porcentagem de gordura corpórea, grau de osteoartrite foram correlacionados aos testes realizados.
Resultados:
As mulheres melhoraram em menor grau que homens no HAQ (p = 0,037) e cada redução de 1% no percentual de gordura aumenta 9,2% a chance de melhora no HAQ (p = 0,038). A atividade física não influenciou a melhora dos parâmetros avaliados (p > 0,05). Idade e presença de rizoartrite influenciam a melhora da preensão palmar (p < 0,05), sendo que pacientes com rizoartrite unilateral melhoram 5,3 vezes mais que pacientes sem a doença (p = 0,015) e a melhora da preensão diminui 6,8% por ano (p = 0,004). As mulheres melhoraram em maior grau que homens na pinça-polpa (p = 0,018).
Conclusão:
Pacientes com rizoartrite e poliartrose têm melhor qualidade de vida e força de preensão com o tratamento clínico, programa educacional e perda de gordura. Nível de Evidência II; Estudo retrospectivo.
Descritores:
Deformidades adquiridas da mão; Força da mão; Osteoartrite; Joelho; Educação em saúde; Corpo adiposo