INFECÇÃO PÓS-OSTEOSSÍNTESE: AVALIAÇÃO DE COORTE HISTÓRICA E DESENVOLVIMENTO DE PROTOCOLO ASSISTENCIAL

Dias Junior, Jair Moreira; Cunha, Pedro Henrique Ananias da; Paro, Marcos Paulo; Pinheiro, Mariana Machado; Passos, Ibsen Barguine Junqueira; Mendes Junior, Adriano Fernando

doi:10.1590/1413-785220253304e277810

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Original Article/Trauma • Acta Ortop Bras 33 (4) • 2025 • https://doi.org/10.1590/1413-785220253304e277810 linkcopiar

INFECÇÃO PÓS-OSTEOSSÍNTESE: AVALIAÇÃO DE COORTE HISTÓRICA E DESENVOLVIMENTO DE PROTOCOLO ASSISTENCIAL

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

RESUMO

Objetivo: Avaliar pacientes com infecção pós osteossíntese (IPO) no esqueleto apendicular, em um hospital terciário, e desenvolver um protocolo assistencial para manejo dos casos, baseado nos dados da coorte e na concordância entre médicos assistentes.

Método: estudo primário, observacional, retrospectivo e comparativo, avaliando casos de IPO de 2014 a 2019, atendidos pelo serviço. Os desfechos analisados foram tempo de internação, local da fratura, agente etiológico, antibioticoterapia, número de cirurgias e desfecho clínico após um ano (cura ou falha, estes considerados recorrência, amputação ou óbito. Baseado nestes dados foi proposto aos ortopedistas da instituição um protocolo de diagnóstico e terapêutica de IPO, com respostas avaliadas quanto ao coeficiente de validade de conteúdo, para graduação da concordância ao protocolo.

Resultados: amostra de 27 participantes, maioria do sexo masculino, com infecção nos membros inferiores (77,8%), submetidos em média a duas cirurgias. O tempo médio de internação foi 48 dias. A mediana do tempo antibioticoterapia foi de 34 dias. Pacientes com critérios de cura utilizaram maior quantidade de antibióticos se comparado aos demais casos (p<0,05). As respostas dos ortopedistas para o protocolo de manejo destes casos obtiveram concordância de 0,91.

Conclusão: O perfil dos enfermos e da terapêutica à IPO foi semelhante à literatura e respaldou o desenvolvimento do protocolo assistencial, com alta concordância entre os desenvolvedores. Nível de Evidência III; Estudo observacional, Retrospectivo e Comparativo.

Descritores:
Trauma; Fixação de Fratura; Osteossíntese; Infecção; Infecção de Ferida Operatória

Variables	Average ± SD n	Minimum – Maximum %
Age (years)	49.7 ± 18.7	22.0 – 88.0
Sex
Female	8	29.6%
Male	19	70.4%
Internship (days)	48.2 ± 27.6	17.0 – 123.0
Readmission (yes)	20	70.4%
fractured bone
Arm/hand	3	11.1%
Humerus	2	7.4%
Femur	8	29.6%
Leg	2	7.4%
Foot/ankle	5	18.5%
Polytraumatized	7	25.9%
Membrane infection (yes)	10	37.0%
Location of infection
Senior Members	6	22.2%
Lower members	21	77.8%
Germs in culture (yes)	25	92.6%
Surgery (no)	2.2 ± 2.8	0.0 – 15.0
Use of Antibiotics (days)	35.0 ± 15.1	15.0 – 74.0
Classes of antibiotics
Cephalosporins (yes)	15	55.6%
Glycopeptides (yes)	10	37.0%
Aminoglycosides (yes)	6	22.2%
Penicillins (yes)	12	44.4%
Quinolones (yes)	10	37.0%
Other (yes)	21	77.8%
Outcome
Cure	20	74.1%
Recurrence	4	14.8%
Amputation	2	7.4%
Death	1	3.7%

Explanatory variables	Time of internation		p-value	SE
Explanatory variables	<= 39 days	>39 days	p-value	SE
Sex
Female (n=8)	50.0%	50.0%	0.71	0.07
Male (n=19)	57.9%	42.1%
Age	46.8 ± 20.2	53.2 ± 16.8	0.38	0.34
Fracture region
Senior Members (n=5)	100.0%	0.0%	0.08	0.43
Lower Members (n=15)	46.7%	53.3%
Polytraumatized (n=7)	42.9%	57.1%
Diaphyseal Infection
No (n=17)	52.9%	47.1%	0.72	0.07
Yes (n=10)	60.0%	40.0%
Infection site
Lower Members (n=21)	42.9%	57.1%	0.01*	0.48
Senior Members (n=6)	100.0%	0.0%
Germs in culture
Yes (n=25)	56.0%	44.0%	0.87	0.03
No (n=2)	50.0%	50.0%
Use of Classes of Antibiotics
<=2 (n=10)	70.0%	30.0%	0.25	0.22
3 or + (n=17)	47.1%	52.9%

Explanatory variables	Outcome		p-value	SE
Explanatory variables	Healed (n = 20)	Recurrence, amputation or death (n=7)	p-value	SE
Sex
Female (n=8)	62.5%	37.5%	0.63	0.17
Male (n=19)	78.9%	28.1%
Age	46.7 ± 15.8	58.1 ± 24.7	0.17	0.
Internship (days)	43.7 ± 22.9	61.0 ± 37.2	0.16
Surgery
<=1 (n=15)	80.0%	20.0%	0.66	0.15
2 or + (n=12)	66.7%	33.3%
Fracture Region
Upper members (n=5)	60.0%	40.0%	0.60	0.19
Lower members (n=15)	73.3%	26.7%
Polytraumatized (n=7)	85.7%	14.3%
Diaphyseal Infection
No (n=17)	70.6%	29.4%	0.68	0.10
Yes (n=10)	80.0%	20.0%
Infection site
Lower Members (n=21)	76.2%	23.8%	0.63	0.09
Senior Members (n=6)	66.7%	33.3%
Germs in culture
Yes (n=25)	72.0%	28.0%	0.97	0.17
No (n=2)	100.0%	0.0%
Use of Antibiotics (days)	43.7 ± 22.9	61.0 ± 37.2	0.16
Antibiotics class(yes)
Cephalosporins (n=15)	93.3%	6.7%	0.01*	0.49
Glycopeptides (n=10)	70.0%	30.0%	0.71	0.07
Aminoglycosides (n=6)	83.3%	16.7%	0.56	0.11
Penicillins (n=12)	100.0%	0.0%	0.008*	0.53
Quinolones (n=10)	60.0%	40.0%	0.36	0.25
Other (n=21)	66.7%	33.3%	0.15	0.32

No	Items	Relevance
1	Protocol diagnostic criteria	89%
2	Classification of infections with less than 4 weeks as acute and more than 4 weeks as chronic	89%
3	Imaging evaluation with radiography for all patients	89%
4	Surgical treatment	100%
5	Empirical intravenous antibiotic therapy with vancomycin and cefepime	94%
6	Follow-up time of 1 year	83%
	CVC total scale	91%

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represents values of p<0.05, by independent Student t test (quantitative variables) and by Qui-Quarter test (qualitative variables).