Resumo
Objetivo
Caracterizar o perfil dos profissionais que atuam nos Núcleos de Segurança do Paciente e analisar se existem variáveis correlacionadas à aplicação de ferramentas de investigação de eventos adversos.
Métodos
Estudo quantitativo, transversal, prospectivo, com 95 profissionais de 24 hospitais públicos e privados, que possuem Núcleos de Segurança do Paciente, das regiões: Sudeste, Centro Oeste, Nordeste e Sul. O recrutamento dos participantes foi operacionalizado em três etapas por videoconferência e a coleta de dados foi realizada através de um formulário estruturado com 14 perguntas fechadas. O programa SPSS (Statistical Package for the Social Science) foi utilizado para análise estatística descritiva. O teste de Spearman foi utilizado para analisar a correlação e significância.
Resultados
Ressalta-se a predominância de enfermeiros (89,5%) responsáveis pela investigação de eventos adversos nas instituições participantes. Os enfermeiros possuíam idade média de 39,5 anos, 14,3 anos de formação profissional e 9,2 anos de atuação na prática assistencial. Já sobre a especialização, 58,8 % eram pós-graduados em terapia intensiva e 79% formados em gestão da qualidade. A ferramenta mais utilizada para investigação é o Protocolo de Londres (95,8%), além disso, o número de protocolos aplicados apresentou alta variabilidade (CV=0,46).
Conclusão
Os enfermeiros são os profissionais que atuam nos Núcleos de Segurança do Paciente, ademais, liderando o processo de investigação de eventos adversos; e não foi encontrada nenhuma correlação forte e significativa entre as variáveis quantitativas à aplicação de ferramentas de investigação de eventos adversos.
Recursos humanos; Segurança do paciente; Serviços de saúde; Gestão da qualidade; Brasil