Resumo
Objetivo
Verificar as variáveis obstétricas e neonatais relacionadas à necessidade de reanimação de recém-nascidos (RN) prematuros moderados e tardios em sala de parto.
Métodos
Estudo transversal que incluiu 151 RN prematuros moderados e tardios de um hospital universitário do sul do Brasil. Participaram do estudo, todos os RN moderados e tardios, que nasceram no período de maio de 2016 a maio de 2017. A coleta aconteceu por meio dos prontuários dos participantes, utilizando instrumento próprio para coleta de dados. Os resultados foram apresentados por meio de frequências, comparação de frequência [Qui-Quadrado] para análise entre a variável dependente [necessidade de reanimação] e as independentes. O estudo seguiu as recomendações éticas.
Resultados
Os fatores obstétricos associados a necessidade de reanimação em RN moderados e tardios foram a gestação de risco (p=0,007), intercorrências durante o parto (p=0,031), cesariana (p=0,005) e amniorrexe prematura (p=0,01). Quanto a associação dos fatores neonatais, destaca-se as desproporções de peso para idade gestacional (p<0,001), a menor idade gestacional (p<0,001) e a malformação fetal (p=0,047), como fatores relacionados a necessidade de reanimação.
Conclusão
Para população de prematuros moderados e tardios, fatores como amniorrexe prematura, menor idade gestacional e intercorrências gestacionais e no parto são fatores relacionados a necessidade de reanimação. Reconhecer esses fatores contribui para a gestão do cuidado nas salas de parto.
Reanimação cardiopulmonar; Recém-nascido; Nascimento prematuro; Salas de parto; Enfermagem neonatal