Resumo
Objetivo
Classificar atividades realizadas por enfermeiros, identificar interrupções e verificar fatores humanos e ambientais associados às interrupções.
Métodos
Estudo observacional realizado com amostra composta por 25 enfermeiros que trabalham em unidades pediátricas ou de adultos, cirúrgicas ou de terapia intensiva de um hospital universitário.
Resultados
Observamos 2.295 atividades, a maioria classificada como assistência indireta ao paciente (38,6%) e assistência direta ao paciente (22,5%). Setecentos e dezenove (31,3%) atividades interrompidas foram identificadas, com média de 1,6 interrupções na mesma atividade, totalizando 1.180 interrupções. Houve maior número de interrupções durante o cuidado indireto (44,7%), e suas principais fontes foram equipe de enfermagem (43,3%) e médicos e residentes (16,5%). O número de indivíduos nas unidades (profissionais e familiares/acompanhantes), a proporção de pacientes em alta dependência e o número de profissionais de saúde influenciaram o número de interrupções.
Conclusão
Houve interrupções em todos os tipos de atividades realizadas pelos enfermeiros, mesmo naquelas caracterizadas como intervenções à beira do leito, o que pode comprometer a segurança do paciente.
Fluxo de trabalho; Gestão de segurança; Segurança do paciente; Engenharia humana; Observação; Enfermagem pediátrica; Adulto