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Como acabou o neoconcretismo?

Resumo

Neste artigo, Nicholas Brown analisa a trajetória de Hélio Oiticica desde seus trabalhos da década de 1950, alinhados às pesquisas da vanguarda neoconcreta, até sua obra dos anos 1970, demonstrando como o componente da experiência, tematizado na produção tardia de Oiticica, encontra-se implícito à objetividade do seu trabalho inicial, numa espécie de mobilização permanente da dialética entre ideia e o suporte literal existente no espaço. Examina, ainda, a configuração específica que a correlação entre história política e cadeia histórico-artística adquire no Neoconcretismo. Finalmente, a partir da contradição produtiva entre substrato concreto e superfície significante na obra de Oiticica, Brown sinaliza como a dinâmica entre história intelectual e sociopolítica se apresenta ao final da trajetória do artista como reivestimento do objeto de arte a contrapelo da lógica da mercadoria.

Palavras-Chave:
Hélio Oiticica; Neoconcretismo; Arte brasileira; Materialismo histórico

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