RESUMO.
No Brasil, as infestações de áreas agrícolas com biótipos de capim-amargoso resistentes ao glyphosate, resultam em aumento significativo nos custos de produção das culturas. Avaliou-se a eficácia do glyphosate em três biótipos de capim-amargoso com indício de resistência (GO, BA e MT) a este herbicida. Um biótipo suscetível (MG) foi utilizado como controle. Constatou-se que os biótipos MG e GO foram suscetíveis ao herbicida (controle > 90%). O biótipo MG apresentou redução do crescimento e mortalidade em 50% (GR50 e C50, respectivamente) nas doses de glyphosate de 243,7 e 431,6 g ha-1. Os fatores de resistência dos biótipos com indício de resistência oscilaram entre 2,8 a 6,1 em relação ao GR50; e entre 1,4 e ≥ 26,7 em relação ao C50. A ordem de susceptibilidade dos biótipos de capim-amargoso foi MG < GO < MT < BA. Estes últimos apresentaram elevado nível de resistência ao glyphosate, e o biótipo GO têm potencial para desenvolvê-la. Portanto, os agricultores devem evitar a aplicação de superdose de glyphosate a fim de reduzir a pressão de seleção das plantas daninhas.
Palavras-chave:
controle químico; Digitaria insularis; dose-resposta; fator de resistência