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Efeito da temperatura no desenvolvimento e reprodução de Glyptapanteles muesebecki (Blanchard) (Hymenoptera: Braconidae) parasitando lagartas de Pseudaletia sequax Franclemont (Lepidoptera: Noctuidae)

O tempo de desenvolvimento de Glyptapanteles muesebecki (Blanchard) e o número de pupas produzido por hospedeiro foram avaliados em seis temperaturas constantes entre 14° e 30°C, utilizando como hospedeiro lagartas de segundo ínstar de Pseudaletia sequax Franclemont. A duração dos estágios internos do parasitóide (ovo e larva) variou entre 17,8 dias (26° e 29°C), e 56,4 dias (14°C), enquanto que o estágio de pupa variou de 6,4 a 34,5 dias a 29° e 14°C, respectivamente. Os estágios internos requereram um total de 291,9 graus-dia (GD) acima da temperatura base (Tb) de 8,9°C, e o estágio de pupa necessitou de 107,0 GD acima da Tb de 11,1°C. O desenvolvimento de ovo a adulto foi completado em 397,4 GD acima da Tb de 9,6°C. Entre 18° e 26°C, o número de pupas de G. muesebecki por hospedeiro foi estatisticamente semelhante e variou de 86,9 (22°C) a 92,1 (18°C). Nas duas temperaturas extremas, este valor foi significativamente menor, resultando em 27,6 e 19,8 pupas por lagarta a 14° e 29°C, respectivamente. Nestas duas temperaturas, a proporção de lagartas parasitadas foi significativamente menor do que entre 18° e 26°C, e a 14°C não houve sincronismo na emergência dos adultos de uma mesma lagarta. A 30°C, as lagartas hospedeiras morreram antes da emergência dos parasitóides. O desenvolvimento e a produção de descendentes do parasitóide não foram alterados após a sua criação por cinco gerações consecutivas entre 18° e 26°C em laboratório.

Insecta; endoparasitóide; lagarta do trigo; exigências térmicas


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