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AMBIENTE & SOCIEDADE EM CONSTANTE TRANSFORMAÇÃO

O primeiro editorial de 2018 se dedica a apresentar aos leitores todo o trabalho já desenvolvido dentro da Revista Ambiente & Sociedade, ao longo desses 21 anos de existência do periódico. A Ambiente & SociedadeAmbiente & Sociedade. Sobre nós. São Paulo: ANPPAS, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/revistas/asoc/paboutj.htm>.Acesso em 13 de Agosto de 2018.
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é uma publicação científica de caráter interdisciplinar, que contribui na área de conhecimento produzida pela interface entre as Ciências Sociais Aplicadas e as Ciências Ambientais. Nossa missão é contribuir com a construção do conhecimento científico e acadêmico, bem como proporcionar visibilidade a esse conhecimento, por meio da publicação de trabalhos originais e com sólida metodologia de pesquisa.

A política editorial da Ambiente & Sociedade busca apresentar trabalhos que elaborem e discutam as inter-relações entre as dinâmicas sociais, culturais e econômicas às questões ambientais - o que lhe confere a ênfase no caráter interdisciplinar - a partir da publicação de trabalhos que versam sobre os mais variados temas, tais como: saúde ambiental, geografia, gestão ambiental, sociologia, políticas públicas, educação ambiental, engenharia, ciência política, arquitetura, entre outros.

Nosso principal foco é dar visibilidade aos trabalhos de pesquisadores brasileiros e latino-americanos junto a um público internacional, no qual tem prevalência a língua inglesa, publicando trabalhos científicos de colaboradores nacionais e internacionais, mediante pareceres emitidos por assessores ad hoc.

A revista tem se transformado nos últimos anos numa referência regional que se singulariza pelo fato de congregar por meio da ANPPAS uma multiplicidade de pesquisadores sobre os temas transversais que dialogam com a questão ambiental. A crescente demanda que a revista tem observado coloca a necessidade de contar com apoio de editores adjuntos, executivos, associados e assistentes, sem os quais não seria possível a continuidade dos trabalhos. Atualmente, são 60 pessoas, entre professores titulares, professores doutores, pesquisadores renomados e estudantes de pós-graduação que possuem vínculo com as atividades da revista. Isso representa um aumento de mais de 200% em relação ao total de editores vinculados em 2013.

Além disso, a manutenção da qualidade que a revista adquiriu ao longo dos anos demanda recursos vinculados com a produção editorial em geral: assessoria editorial, de comunicação, revisão dos artigos, tradução de editoriais e de material de divulgação, diagramação e, recentemente, a conversão de arquivos para o formato XML, atendendo aos critérios de permanência do ScieloBlog Scielo em Perspectiva Humanas. Ambiente & Sociedade em constante renovação. São Paulo: Scielo, 2018. Disponível em: http://humanas.blog.scielo.org/blog/2018/08/31/ambiente-sociedade-em-constante-renovacao/?fbclid=IwAR21GKo0KAPDpowmXGR0tCuasOb8oduHzInyO0XERzFwk2NUNaeNZwMQ_5Y. Acesso em 12 de Setembro de 2018.
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. Para que seja possível manter todos esses serviços, o periódico conta com recursos financeiros advindos do pagamento das taxas de submissão dos autores e eventuais editais de auxílio à editoração e publicação de periódicos brasileiros.

Com relação à questões operacionais, desde 2013, os editores da revista têm se empenhado em criar protocolos e padronizar processos que envolvem a avaliação de manuscritos para publicação, visando tanto um aumento do controle de todo o processo, bem como ampliando a segurança e qualidade das avaliações.

Sendo assim, cada manuscrito submetido à Ambiente & Sociedade, passa por quatro etapas de avaliação: (1) a triagem inicial, onde os editores assistentes revisam o manuscrito e verificam se o documento está de acordo com os critérios de submissão disponíveis no sítio do periódico; (2) a pré-análise, ou Desk Review, onde o artigo liberado na primeira etapa passa pelo crivo do editor-chefe, editores adjuntos e executivos para prosseguir em avaliação - nesta etapa os manuscritos são avaliados de forma a atender aos seguintes critérios: pertinência ao foco da revista, qualidade da pesquisa, sólida revisão bibliográfica e estruturação metodológica, contribuição no avanço do conhecimento e discussão interdisciplinar; (3) Avaliação, onde o artigo aprovado na etapa anterior é encaminhado à um Editor Associado especialista na área de conhecimento do trabalho e que ficará encarregado de acompanhar todo o processo de avaliação por pares e, por fim, (4) Decisão Editorial, onde o manuscrito já avaliado por uma dupla de pareceristas recebe uma recomendação do editor associado e posterior decisão final pelo editor-chefe.

Não obstante a inclusão do periódico no sistema de coleta e avaliação de manuscritos Scielo ScholarOne, em 2015, teve forte impacto positivo na rotina de trabalho dos editores, uma vez que a permitiu, através de um sistema de informação bem desenhado às demandas da revista, aumentar o controle, agilidade, confiabilidade e qualidade dos processos de análise.

Tais avanços trouxeram ao longo do tempo conquistas importantes para o periódico, entre os quais: indexação em 10 bases de dados, tais como o Scielo, Scopus, IBSS, Latindex, Redalyc, entre outros; classificações em A1 e A2 em oito categorias da última análise do Web Qualis da Capes, ampliação do alcance internacional através da publicação em formato bilíngue, aumento do número de artigos publicados por pesquisadores internacionais e também pela vinculação de professores de instituições de ensino estrangeiras; aumento dos indicadores bibliométricos como o fator de impacto e o número de citações; e por fim, maior alcance da comunicação via adoção de uma nova e moderna identidade visual, além da ampliação da publicidade digital via redes sociais e sites de publicação de pesquisas científicas, que tem como efeito positivo não só dar visibilidade ao trabalhos publicados mas também atrair cada vez mais interessados em submeter seu trabalho à avaliação da Revista Ambiente & Sociedade.

Traduzindo isso em números, a revista Ambiente & Sociedade, desde 2015 até o primeiro semestre de 2018 recebeu cerca de 800 submissões para análise, entre artigos e resenhas e aprovou mais de 90 trabalhos para a publicação. Nosso principal desafio no momento é agilizar o tempo médio de avaliação dos artigos, desde seu recebimento até a publicação, com o compromisso de garantir sempre que as decisões editoriais finais, tanto para os artigos aprovados quanto para os rejeitados, estejam sempre embasadas por pareceres de qualidade.

Uma primeira medida nesse sentido é que desde o início deste ano estamos passando por transformações no fluxo de publicação de artigos. A revista que antes era trimestral e publicava quatro volume por ano, a partir de 2018, publicará em formato de fluxo contínuo, que consiste em um único volume anual dividido por seções.

Esse novo formato vem sendo adotado por muitos periódicos científicos e confere mais agilidade ao processo de publicação após o aceite dos manuscritos recebidos para avaliação, que por vezes, ficavam aguardando o agendamento do volume a qual fariam parte. Os editores da revista entendem que esse novo formato vai beneficiar autores e leitores ampliando o alcance da revista.

Portanto, a partir de 2018, a página da revista Ambiente & Sociedade será dividida por seções: (1) Editorial, que será um espaço reservado aos editoriais da revista elaborados pelo Editor-chefe e editores adjuntos; (2) Artigos Originais, seção que incluirá todos os artigos aprovados para publicação no ano; (3) Temas em Destaque, espaço ao qual serão publicados os artigos aprovados em chamadas especiais da revista, que é o nosso antigo volume especial, a qual em 2018 publicará artigos do tema Saúde e Desenvolvimento Sustentável; (4) Ideias em Debate, que é a seção de artigos publicados por pesquisadores de renome à convite do Editor-Chefe e, por fim (5) Resenhas, espaço, destinado à publicação de resenhas e revisões críticas de livros e demais trabalhos acadêmicos.

É tempo de mudanças e transformações, aproveitamos o momento para agradecer todos aqueles que já colaboraram com nosso periódico ao longo desses 21 anos de existência e convidamos à todos para desfrutar das leituras durante todo o ano de 2018.

Abrindo o novo volume anual, o artigo Repercussões na saúde das famílias que vivenciaram mudanças ambientais provocadas pela construção de usina hidrelétrica, das autoras: Lisiane da Rosa, Maria Assunta Busato, Lucimare Ferraz e Silviamar Camponogara, busca identificar, por meio de estudo qualitativo, as repercussões na saúde decorrentes da implantação da Usina Hidrelétrica de Foz do Chapecó, a partir da ótica das famílias agricultoras atingidas.

Os autores: Delcio Pereira, Sieglinde Kindl da Cunha e Liandra Pereira, analisaram as mudanças culturais e organizacionais em empresas industriais moveleiras a partir da adesão a um programa de certificação ambiental conhecido como Biomóvel. O estudo foi realizado no Polo do Alto Vale do Rio Negro (norte de Santa Catarina, sul do Brasil), a partir de um questionário respondido por gestores industriais, no artigo Ecodesign na indústria moveleira: oportunidades e desafios para a inserção organizacional.

As autoras: Karla Rosane do Amaral Demoly e Joceilma Sales Biziu dos Santos, analisaram, a partir de uma pesquisa-intervenção, como professores e estudantes concebem a educação ambiental e como estes modos de percepção se transformam em oficinas realizadas no ambiente escolar no artigo: Aprendizagem, educação ambiental e escola: modos de en-agir na experiência de estudantes e professores.

Com o objetivo de explorar o tema da governança ambiental através da teoria institucionalista, os autores Tomás de Oliveira Bredariol e Alexandre Louis de Almeida d’Avignon, partem de um estudo de caso para analisar a governança ambiental do licenciamento de empreendimentos de exploração e produção de petróleo e gás offshore, no artigo: Instituições e Governança Ambiental: O Caso do Licenciamento de Empreendimentos de Petróleo e Gás Offshore.

Os autores: Carmen Amelia Trujillo, José Alí Moncada Rangel, Jesús Ramón Aranguren Carrera y Kennedy Rolando Lomas Tapia, buscam resgatar o conhecimento tradicional associado à água revelando os significados desse recurso tão importante para uma comunidade indígena, através de uma pesquisa etnográfica de abordagem qualitativa, no artigo: Significados del agua para la comunidade indígena Fakcha Llakta, Canton Otavalo, Ecuador.

No artigo: Cheias e vulnerabilidade social: Estudo sobre o rio Xingu em Altamira/PA, os autores Vânia dos Santos Franco, Everaldo Barreiros de Souza e Aline Maria Meiguins de Lima classificam a vulnerabilidade social em Altamira-PA, considerando a ocorrência das cheias sazonais e o cenário futuro de estabilização do nível d´água, utilizando como ferramenta o cálculo do índice de vulnerabilidade socioambiental.

Por meio de uma análise interdisciplinar, o artigo: Gestão ambiental hoteleira: tecnologias e práticas aplicadas à Hotéis, avalia a gestão ambiental hoteleira pela incorporação de tecnologias e práticas sustentáveis considerando o nível de exigência dos hóspedes com a responsabilidade socioambiental e o trabalho de gestão ambiental em hotéis através de um índice de sustentabilidade, dos autores: Iuri Tavares Amazonas, Rodrigo Freire de Carvalho e Silva e Maristela Oliveira de Andrade .

Os autores: Deyvison Rhuan Vasco-dos-Santos, Jéssica Vieira dos Santos, Wbaneide Martins de Andrade, Thayse Macedo dos Santos-Lima, Lidiane Nunes Lima, Artur Gomes Dias-Lima, Maria José Gomes de Andrade, Marcos André Vannier dos Santos, Geraldo Jorge Barbosa de Moura e Erika dos Santos Nunes; produziram um levantamento sobre o uso de plantas antiparasitárias utilizadas pela tribo indígena Kantaruré-Batida e avaliaram se ocorre difusão do conhecimento etnomedicobotânico como forma de conhecimento tradicional passada ao longo do tempo entre as gerações. No artigo: Plantas antiparasitárias utilizadas pelos indígenas Kantaruré-Batida (NE-Brasil): Etnobotânica e riscos de erosão dos saberes locais.

Com o objetivo de avaliar as concordâncias legais e técnicas dos processos de licenciamento ambiental de minerações no Sul de Minas Gerais, os autores Leonardo da Silva Junior, Maria Inês Nogueira Alvarenga e Sâmia Regina Garcia Calheiros, verificaram se os estudos ambientais correspondem aos termos de referência e atendimento aos requisitos legais relativos aos relatórios de controle ambiental no artigo: Avaliação da qualidade dos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos de mineração em Minas Gerais.

No artigo: Mulheres rurais e violências: leituras de uma realidade que flerta com a ficção, os autores André Luis Machado Bueno e Marta Julia Marques Lopes, realizam um estudo epidemiológico sobre as violências contra mulheres rurais e discutem como as desigualdades sociais limitam, ou mesmo impedem, o exercício pleno da cidadania, configurando-se em fator de vulnerabilidade para as mulheres do campo.

Para avaliar os fatores que influenciam na valoração ambiental de fragmentos florestais urbanos em Manaus (AM), os autores Henrique dos Santos Pereira, Stephany Anry Kudo e Suzy Cristina Pedroza da Silva, realizaram um levantamento a partir da técnica de agrupamento de cartas distinguindo os valores associados à visão ecocêntrica dos moradores com aqueles associados à visão antropocêntrica, no artigo: Topofilia e valoração ambiental de fragmentos florestais urbanos em uma cidade amazônica.

Por fim, os autores: Rafael Junqueira Buralli, Tiago Canelas, Laura Martins de Carvalho, Etienne Duim, Renata Fortes Itagyba, Marília Fonseca, Sofia Lizarralde Oliver e Núria Sanchez Clemente; refletem sobre os sete Objetivos do Desenvolvimento Sustentável por meio da experiência de estudantes de pós-graduação da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, no artigo: Caminhando rumo aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: A experiência do laboratório de inovação UNLEASH.

Desejamos à todos uma excelente leitura.

References

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2018
ANPPAS - Revista Ambiente e Sociedade Anppas / Revista Ambiente e Sociedade - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revistaambienteesociedade@gmail.com