Resumo
Analisamos a constituição e os desafios da gestão integrada de áreas protegidas por meio do modelo “Mosaico”, partindo de uma das mais relevantes experiências do conservacionismo brasileiro: o Mosaico do Baixo Rio Negro (MBRN). Baseado em dados de trabalhos de campo realizados em 106 comunidades tradicionais do MBRN e na análise de 26 atas de reuniões do Conselho Consultivo do Mosaico, identificaram-se os êxitos e desafios da proposta de gestão integrada. Os resultados indicam um amadurecimento político-institucional do MBRN desde a sua criação em 2010, sobretudo diante da complexidade da composição de um Conselho orientado para a gestão participativa. No entanto, a desigualdade na distribuição de infraestruturas, serviços e projetos implementados por instituições governamentais e não-governamentais gera alguns desafios a serem enfrentados. Tal desigualdade socioespacial e de atributos da gestão ambiental afeta o (re)conhecimento do Mosaico por parte das lideranças comunitárias e dificulta o aprimoramento da gestão integrada e multinível.
Palavras-chave:
Mosaico de Áreas Protegidas; MBRN; Amazônia; Gestão multinível; Gestão da Conservação
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Fonte:
Fonte: Atas das reuniões do MBRN. Elaborado pelos autores, 2024.
Fonte:
Fonte: Dados de campo do projeto “Populações tradicionais em áreas protegidas: dinâmicas socioambientais e gestão de Unidades de Conservação no Mosaico Baixo Rio Negro, no Amazonas”, 2022.