Resumo
O campo da cartografia clássica tem sido mobilizado historicamente para produzir mapas que servem como mecanismo de controle e conquista de territórios. Contrapondo essa lógica, o movimento da cartografia crítica sugere a incorporação da diversidade de interpretações e visões de mundo nas representações de territórios. Este artigo discute os processos de elaboração cartográfica no âmbito da pesquisa acadêmica em contextos de territórios ocupados tradicionalmente no litoral do Paraná e São Paulo, sobrepostos por projetos de empreendimentos desenvolvimentistas e Unidades de Conservação. As cartografias enunciadas permitem problematizar sobreposições envolvendo territórios do povo indígena Guarani e de comunidades tradicionais da pesca artesanal, ao considerar a autocartografia desses grupos sociais para produzir contra-informação ao apagamento de subjetividades e territorialidades embutido nos instrumentos associados às políticas ambientais e de ordenamento territorial.
Palavras-chave:
Povos e comunidades tradicionais; cartografia crítica; decolonialidade; zona costeira; Unidades de Conservação; Guarani; grandes empreendimentos
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