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INFLUÊNCIA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS SOBRE AS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO FINAL DO SÉCULO XXI1 1 . Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001; da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) - Projeto: CRA-APQ-00307-14 e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) - Projeto: 304701/2016-5.

Resumo

Os efeitos adversos das mudanças climáticas devem atingir o trabalho ao ar livre. Por esse motivo, o objetivo deste estudo é avaliar esses efeitos comparando-se a capacidade de trabalho na América do Sul entre clima presente (1979 a 2005) e o futuro (2071 - 2100). O estresse térmico foi estimado por meio do Environmental Stress Index (ESI), com base em variáveis atmosféricas provenientes das projeções climáticas do IPCC. Os resultados indicam que, mesmo em cenários climáticos favoráveis, a capacidade de trabalho pesado deve ser reduzida entre 25 a 50% no final do século XXI em praticamente toda a América do Sul, principalmente na região Amazônica, partes do norte e nordeste brasileiros, além de extensas regiões do Paraguai ao Suriname. Assim, cenários pessimistas, com intensificação do efeito estufa, podem implicar em falta de condições ambientais e físicas para trabalhos dessa natureza em horários atualmente comuns para a atividade laboral.

Palavras-chave:
Estresse Térmico; Capacidade de Trabalho; Mudanças Climáticas; Trabalho ao Ar Livre

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