Resumo
Este artigo conclui que, diante da crise internacional da gestão da pesca do atum em 2009, uma comunidade epistêmica emergiu na ICCAT e empregou esforços coletivos para lidar com problemas compartilhados e isso melhorou a eficácia do acordo em termos de recuperação dos estoques pesqueiros do atum azul. Nesse sentido, a principal questão a ser respondida foi: quando o poder ouve ciência e por quê? Através de uma combinação de entrevistas com atores-chave e process tracing, este trabalho analisou o papel e a influência da ciência e das comunidades epistêmicas nas decisões políticas na ICCAT para o manejo do atum azul do atlântico de 2004 a 2014 e concluiu que o caso do atum azul ilustra uma situação em que em um contexto de crise e em um ambiente cheio de incertezas, os tomadores de decisão recorreram aos cientistas, e aceitando seu aconselhamento, o manejo da pesca foi mais eficaz.
Palavras-chave:
ICCAT; Comunidades Epistêmicas; Atum Azul; Governança pesqueira