Metodologia Ativa |
Descrição |
Autores que utilizam |
Aprendizagem cooperativa |
É um método que tem benefícios sociais e acadêmicos, que envolve, na maioria das vezes, pequenos grupos de alunos que contribuem para a aprendizagem uns dos outros, permitindo que os alunos tragam sua própria experiência para o processo de aprendizagem e aumentem o aprendizado ativo, assim como encoraja a criatividade, estimula a discussão e melhora a confiança e o desempenho, promovendo o raciocínio crítico e a capacidade de síntese e análise (REYES; GÁLVEZ, 2010REYES, E.; GÁLVEZ, J. C. Introduction of innovations into the traditional teaching of construction and building materials. Journal of Professional Issues in Engineering Education and Practice, Reston, v. 137, n. 1, p. 28-37, 2010.; BAGHCHEGHI; KOOHESTANI; REZAEI, 2011TAN, N. et al. A controlled study of team-based learning for undergraduate clinical neurology education. BMC medical education, United Kingdom, v. 11, n. 1, p. 91, 2011.). |
Reyes e Gálvez (2010REYES, E.; GÁLVEZ, J. C. Introduction of innovations into the traditional teaching of construction and building materials. Journal of Professional Issues in Engineering Education and Practice, Reston, v. 137, n. 1, p. 28-37, 2010.); Baghcheghi, Koohestani e Rezaei (2011BAGHCHEGHI, N.; KOOHESTANI, H. R.; REZAEI, K. A comparison of the cooperative learning and traditional learning methods in theory classes on nursing students' communication skill with patients at clinical settings. Nurse Education Today, United Kingdom, v. 31, n. 8, p. 877-882, 2011.). |
Aprendizagem baseada em equipe |
É um método de aprendizagem cooperativa, onde apenas os alunos discursam, sem a intromissão do professor, que supervisiona as discussões (ZINGONE et al., 2010ZINGONE, M. M. et al. Comparing team-based and mixed active-learning methods in an ambulatory care elective course. American Journal of Pharmaceutical Education, Arlington, v. 74, n. 9, p. 160, 2010.; FATMI et al., 2013FATMI, M. et al. The effectiveness of team-based learning on learning outcomes in health professions education: BEME Guide. Medical teacher, Dundee, v. 35, n. 12, p. 1608-1624, 2013.). Como apresentam Tan et al. (2011TAN, N. et al. A controlled study of team-based learning for undergraduate clinical neurology education. BMC medical education, United Kingdom, v. 11, n. 1, p. 91, 2011.), esse método envolve três passos: (i) os alunos devem ler o material preparatório fora da sala da de aula; (ii) cada aluno realiza um teste para avaliar se apreenderam os conhecimentos e os conceitos da primeira etapa, assim como, após serem agrupados aleatoriamente em grupos de 5 a 7 alunos, realizam, novamente o teste; e (iii) os grupos trabalham em tarefas onde é possível aplicar o conhecimento adquirido nas fases 1 e 2. |
Zingone et al. (2010ZINGONE, M. M. et al. Comparing team-based and mixed active-learning methods in an ambulatory care elective course. American Journal of Pharmaceutical Education, Arlington, v. 74, n. 9, p. 160, 2010.); Tan et al. (2011TAN, N. et al. A controlled study of team-based learning for undergraduate clinical neurology education. BMC medical education, United Kingdom, v. 11, n. 1, p. 91, 2011.); Fatmi et al. (2013FATMI, M. et al. The effectiveness of team-based learning on learning outcomes in health professions education: BEME Guide. Medical teacher, Dundee, v. 35, n. 12, p. 1608-1624, 2013.); Krupat et al. (2016KRUPAT, E. et al. Assessing the effectiveness of case-based collaborative learning via randomized controlled trial. Academic Medicine, Washington, v. 91, n. 5, p. 723-729, 2016.). |
Aprendizagem baseada em casos |
Coloca os alunos frente a frente com casos da vida real, de forma que analisem situações e apresentem soluções profissionais, sendo tomadores de decisões, desenvolvendo determinadas competências interdisciplinares que são muito valorizadas no mundo profissional, como trabalho em equipe, planejamento, comunicação e pensamento crítico (ARRUE; CABALLERO, 2015ARRUE, M.; CABALLERO, S. Teaching skills to resolve conflicts with acute confusional syndrome patients in nursing using the case method (CM). Nurse Education Today, United Kingdom, v. 35, n. 1, p. 159-164, 2015.). |
Arrue e Caballero (2015ARRUE, M.; CABALLERO, S. Teaching skills to resolve conflicts with acute confusional syndrome patients in nursing using the case method (CM). Nurse Education Today, United Kingdom, v. 35, n. 1, p. 159-164, 2015.); McFee et al. (2018)MCFEE, R. M. et al. Use of case-based or hands-on laboratory exercises with physiology lectures improves knowledge retention, but veterinary medicine students prefer case-based activities. Advances in physiology education, Rockville, v. 42, n. 2, p. 182-191, 2018.. |
Aprendizagem colaborativa baseada em casos |
Foca em pequenos grupos com princípios de aprendizagem baseados em equipe e incorpora elementos de aprendizagem baseada em problemas (PBL) e aprendizado baseado em casos, onde inclui um processo de garantia de prontidão pré-classe e atividades baseadas em casos em que os alunos respondem a perguntas abertas, onde discutem suas respostas em grupos menores e, em seguida, chegam a um consenso em grupos maiores (KRUPAT et al., 2016KRUPAT, E. et al. Assessing the effectiveness of case-based collaborative learning via randomized controlled trial. Academic Medicine, Washington, v. 91, n. 5, p. 723-729, 2016.). |
Krupat et al. (2016KRUPAT, E. et al. Assessing the effectiveness of case-based collaborative learning via randomized controlled trial. Academic Medicine, Washington, v. 91, n. 5, p. 723-729, 2016.). |
Aprendizagem baseada em projetos |
É um método de aprendizagem baseado no desenvolvimento de projetos, nos quais os alunos planejam, implementam e avaliam projetos que têm aplicação no mundo real (DOMÍNGUEZ; JAIME, 2010DOMÍNGUEZ, C.; JAIME, A. Database design learning: A project-based approach organized through a course management system. Computers & Education, United Kingdom, v. 55, n. 3, p. 1312-1320, 2010.). É centrada no aluno, em que os professores atuam como guias, de forma que integra conteúdo e habilidade, ajudando os alunos a conhecer e fazer (ARBELAITZ et al., 2015ARBELAITZ, O. et al. Analysis of introducing active learning methodologies in a basic computer architecture course. IEEE Transactions on Education, London, v. 58, n. 2, p. 110-116, 2015.). |
Domínguez e Jaime (2010DOMÍNGUEZ, C.; JAIME, A. Database design learning: A project-based approach organized through a course management system. Computers & Education, United Kingdom, v. 55, n. 3, p. 1312-1320, 2010.); Arbelaitz et al. (2015ARBELAITZ, O. et al. Analysis of introducing active learning methodologies in a basic computer architecture course. IEEE Transactions on Education, London, v. 58, n. 2, p. 110-116, 2015.); Seman et al. (2018)SEMAN, L. O. et al. On the students' perceptions of the knowledge formation when submitted to a Project-Based Learning environment using web applications. Computers & Education, United Kingdom, v. 117, p. 16-30, 2018.. |
Aprendizagem baseada em problema |
Nesta abordagem os estudantes são confrontados com um problema aberto, mal estruturado e autêntico relacionado ao mundo real (VALENZUELA-VALDÉS et al., 2016VALENZUELA-VALDÉS, J. F. et al. Low cost ubiquitous context-aware wireless communications laboratory for undergraduate students. IEEE Transactionson Learning Technologies, London, v. 9, n. 1, p. 31-36, 2016.). Os estudantes assumem mais responsabilidade por sua própria aprendizagem e organizam atividades sob a orientação de um tutor, de forma que pode melhorar o conhecimento do conteúdo e fomentar o desenvolvimento da comunicação, resolução de problemas e habilidades de aprendizagem auto direcionadas, fornecendo, assim, um valor acrescentado à aprendizagem autónoma dos alunos (GARCÍA; HERNANDEZ, 2010GARCÍA, J.; HERNANDEZ, A. Active methodologies in a queueing systems course for telecommunication engineering studies. IEEE Transactions on Education, London, v. 53, n. 3, p. 405-412, 2010.). |
García e Hernandez (2010GARCÍA, J.; HERNANDEZ, A. Active methodologies in a queueing systems course for telecommunication engineering studies. IEEE Transactions on Education, London, v. 53, n. 3, p. 405-412, 2010.); Melo Prado et al. (2011); Azzalis et al. (2012AZZALIS, L. A. et al. Integration of basic sciences in health's courses. Biochemistry and Molecular Biology Education, Malden, v. 40, n. 3, p. 204-208, 2012.); Rivkin e Gim (2013RIVKIN, A.; GIM, S. Student preferences regarding teaching methods in a drug-induced diseases and clinical toxicology course. American Journal of Pharmaceutical Education, Arlington, v. 77, n. 6, p. 123, 2013.); De Justo e Delgado (2015)DE JUSTO, E.; DELGADO, A. Change to competence-based education in structural engineering. Journal of Professional Issues in Engineering Education and Practice, Reston, v. 141, n. 3, 2015.; Leite et al. (2015LEITE, L. et al. “Sustainability On Earth” WebQuests: do they qualify as problem-based learning activities? Research in Science Education, Victória, v. 45, n. 1, p. 149-170, 2015.); Borrell et al. (2016BORRELL, Y. J. et al. Food control and a citizen science approach for improving teaching of Genetics in universities. Biochemistry and Molecular Biology Education, Malden, v. 44, n. 5, p. 450-462, 2016.); Valenzuela-Valdés et al. (2016); Rodriguez-Andara et al. (2018)RODRIGUEZ-ANDARA, A. et al. Roadmapping towards sustainability proficiency in engineering education. International Journal of Sustainability in Higher Education, [s. l.], v. 19, n. 2, p. 413-438, 2018.. |
Sala de aula invertida |
Reaproveita o tempo de aula para se concentrar na aplicação e discussão, onde a aquisição de conceitos e princípios básicos é feita pelo aluno antes da aula. Os alunos participam de trabalhos preparatórios, que podem incluir o uso de palestras, leituras ou módulos on-line pré-gravados, de modo que o tempo de aula é então redirecionado para se concentrar na resolução de problemas, aplicação, síntese e aprendizado colaborativo (MCLEAN et al., 2016MCLEAN, S. et al. Flipped classrooms and student learning: not just surface gains. Advances in physiology education, Rockville, v. 40, n. 1, p. 47-55, 2016.). |
Luker et al. (2015LUKER, C. et al. Introduction to the Spring 2014 Conf. Chem on the flipped classroom. Journal of Chemical Education, Iowa, v. 92, n. 9, p. 1564-1565, 2015.); Mclean et al. (2016MCLEAN, S. et al. Flipped classrooms and student learning: not just surface gains. Advances in physiology education, Rockville, v. 40, n. 1, p. 47-55, 2016.); Kaila et al. (2016KAILA, E. et al. Redesigning an object-oriented programming course. ACM Transactions on Computing Education (TOCE), New York, v. 16, n. 4, p. 18, 2016.); MacDougall (2017)MACDOUGALL, C. A novel teaching tool combined with active-learning to teach antimicrobial spectrum activity. American Journal of Pharmaceutical Education, Arlington, v. 81, n. 2, 2017.. |
Jogos educativos |
Um jogo educativo pode ser uma atividade competitiva com regras e procedimentos nos quais a aprendizagem resulta de interações e comportamentos dos jogadores, assim como uma simulação baseada na realidade ou em uma atividade não competitiva estruturada. Os jogos educativos propiciam que alunos consigam aprender fazendo, de modo que consigam desenvolver sua criatividade e capacidade de solucionar problemas, assim como melhorar sua comunicação e negociação com os colegas (MARCONDES et al., 2015MARCONDES, F. K. et al. A puzzle used to teach the cardiac cycle. Advances in physiology education, Rockville, v. 39, n. 1, p. 27-31, 2015.). |
Marcondes et al. (2015MARCONDES, F. K. et al. A puzzle used to teach the cardiac cycle. Advances in physiology education, Rockville, v. 39, n. 1, p. 27-31, 2015.); Montrezor (2016MONTREZOR, L. H. Performance in physiology evaluation: possible improvement by active learning strategies. Advances in physiology education, Rockville, v. 40, n. 4, p. 454-457, 2016.); Luchi, Montrezor e Marcondes (2017LUCHI, K. C. G.; MONTREZOR, L. H.; MARCONDES, F. K. Effect of an educational game on university students’ learning about action potentials. Advances in physiology education, Rockville, v. 41, n. 2, p. 222-230, 2017.); Spencer e Bandy (2018SPENCER, C.; BANDY, K. Using Hand Signs to Teach HIV Medications. American Journal of Pharmaceutical Education, Arlington, v. 82, n. 1, p. 6292, 2018. ). |
Scratch |
É considerado uma mídia de código aberto, que permite o aluno criar e desenvolver programas, jogos, interfaces e apresentações que possam ampliar a compreensão de conceitos e práticas computacionais. Propicia um método intuitivo de arrastar e soltar de programação que permite aos usuários explorar e criar ambientes educacionais (LÓPEZ; GONZÁLEZ; CANO, 2016LÓPEZ, J. M. S.; GONZÁLEZ, M. R.; CANO, E. V. Visual programming languages integrated across the curriculum in elementary school: A two year case study using “Scratch” in five schools. Computers & Education, United Kingdom, v. 97, p. 129-141, 2016.). |
López, González e Cano (2016LÓPEZ, J. M. S.; GONZÁLEZ, M. R.; CANO, E. V. Visual programming languages integrated across the curriculum in elementary school: A two year case study using “Scratch” in five schools. Computers & Education, United Kingdom, v. 97, p. 129-141, 2016.). |
Sistema QUEST |
É uma ferramenta baseada em tecnologias de informação, cujo objetivo é a introdução de workshops cooperativos e competitivos, promovendo o desenvolvimento de habilidades de pesquisa, documentação e análise crítica, aumentando o nível de envolvimento e comunicação entre alunos e professores (REGUERAS et al., 2009REGUERAS, L. M. et al. Effects of competitive e-learning tools on higher education students: A case study. IEEE Transactions on Education, London, v. 52, n. 2, p. 279-285, 2009.). |
Regueras et al. (2009REGUERAS, L. M. et al. Effects of competitive e-learning tools on higher education students: A case study. IEEE Transactions on Education, London, v. 52, n. 2, p. 279-285, 2009.). |
Pacientes virtuais |
São simulações de casos clínicos baseados em computador, onde os usuários interagem com o sistema e treinam suas habilidades de raciocínio clínico, superando o acesso reduzido dos estudantes a pacientes reais, bem como um ambiente estruturado e seguro para os estudantes praticarem (CONSORTI et al., 2012CONSORTI, F. et al. Efficacy of virtual patients in medical education: a meta-analysis of randomized studies. Computers & Education, United Kingdom, v. 59, n. 3, p. 1001-1008, 2012.). |
Consorti et al. (2012CONSORTI, F. et al. Efficacy of virtual patients in medical education: a meta-analysis of randomized studies. Computers & Education, United Kingdom, v. 59, n. 3, p. 1001-1008, 2012.). |
Medicina baseada em evidências |
Os alunos trabalham em pequenos grupos, resolvendo problemas contextualizados e analisando criticamente a literatura médica publicada (RAMIREZ, 2015RAMIREZ, B. U. Correlation of self-assessment with attendance in an evidence-based medicine course. Advances in physiology education, Rockville, v. 39, n. 4, p. 378-382, 2015.). |
Ramirez (2015RAMIREZ, B. U. Correlation of self-assessment with attendance in an evidence-based medicine course. Advances in physiology education, Rockville, v. 39, n. 4, p. 378-382, 2015.); Saseen et al. (2017SASEEN, J. J. et al. A pharmacotherapy capstone course to target student learning and programmatic curricular assessment. American Journal of Pharmaceutical Education, Arlington, v. 81, n. 3, p. 45, 2017. ). |
Aula interativa de laboratório |
É um método de comunicação bidirecional que incentiva os alunos a correlacionarem as descobertas de laboratório com a sala de aula, melhorando a ciência básica e o conhecimento clínico (WONGJARUPONG et al., 2018WONGJARUPONG, N. et al. Interactive laboratory classes enhance neurophysiological knowledge in Thai medical students. Advances in physiology education, Rockville, v. 42, n. 1, p. 140-145, 2018.). |
Wongjarupong et al. (2018WONGJARUPONG, N. et al. Interactive laboratory classes enhance neurophysiological knowledge in Thai medical students. Advances in physiology education, Rockville, v. 42, n. 1, p. 140-145, 2018.). |
Aprendizagem em estações de trabalho |
Usado em grandes grupos de alunos e poucos instrutores, após concluir todas as estações de trabalho, os alunos revisam seus conhecimentos e completam testes de avaliação (GONZÁLEZ-SOLTERO et al., 2017GONZÁLEZ-SOLTERO, R. et al. Work station learning activities: a flexible and scalable instrument for integrating across basic subjects in biomedical education. BMC medical education, United Kingdom, v. 17, n. 1, p. 236, 2017.). |
González-Soltero et al. (2017). |