As lectinas, proteinas que especificamente reconhecem estruturas que contém carboidratos, têm sido extensivamente estudadas em muitos aspectos bioquímicos e estruturais, objetivando estabelecer as bases moleculares deste evento não-catalítico. Por outro lado, os potenciais clínicos e agriculturais destas proteínas têm crescido rapidamente. Embora as lectinas, principalmente aquelas de legumes tenham sido bastante investigadas em suas propriedades biológicas, estudos sobre as funcões fisiológicas de lectinas são escassos na literatura. Além disto, a despeito da quantidade de dados acumulados sobre lectinas (como proteínas), o papel desempenhado por estas moléculas de sinalização é pobremente discutido. Valendo-se de nossos estudos sobre lectinas de leguminosas, principalmente da sub-tribo Diocleinae, e outros dados presentes na literatura, discutimos aqui, as principais hipóteses de suas funções com base na especificidade por carboidratos e glicanos complexos.
